quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

N U A

Estava nas tuas costas nuas.
Chamamento:
Lamba-me!
Instiga-me!
Arrebenta as barreiras.
Faça-as desaparecer.

Minha resistência?
É mera mania tola de negação!
Quis ser tua, desde quando nos conhecemos.
Pois, então, seduza-me!
Faça de mim, tua namorada.
Há em teu olhar, uma súplica que me atormenta.

Conclamado, convencido.
Obedeço.
Assim o fiz!
Desfilando carícias nas tuas belas, joviais formas.
Cheiro bom. Pele macia. Glande viçosa.
Seios de travesseiro...
Acolhimento.

E ia eu, lambendo o sal da carne extasiada.
Compondo o teu canto.
Cada nota bordada na pauta.
As vezes, sussurros.
As vezes, gritos.
Silêncio e pausa.
Sumários ritos.
Da paixão que a ti soube esperar.
Tempo maduro para a nossos corpos
Soldar no coito.

Coitada, delira em suplicas.
Amada, canta melodia celeste.
Também dança apoiada, guarnecida.
Satisfeita, recepcionada em amor.
Deixa transbordar, afirmação:
Agora, sou tua!

Delta do Amazonas.

sábado, 19 de dezembro de 2015

CONTIDO NUMA SIMPLES GOTA.

-  "Pode qualquer homem fechar os olhos e ver a essência desnuda da vida?
R: - Está no poder e qualquer homem desejar, desejar e desejar até que o desejo arranque de seu olhar o véu das aparências para torná-lo capaz de ver-se a si próprio; e quem vê a si próprio vê a essência da vida.
- Posso então dizer que a "Divindade" existe dentro de mim?
R: - Tudo que existe fora de ti existe em ti e tudo que existe em ti existe fora de ti. Nenhum limite separa as coisas próximas das remotas, nem as mais baixas das mais altas, nem as menores das maiores. Uma simples gota de água contém todos os segredos do mar, e um só átomo contém todos os segredos da Terra".

Gibran Khalil Gibran.


Enquanto feitos, "à imagem e semelhança de Deus" (Oceano Cósmico), somos gotas do mesmo Mar (Deus). E mesmo no nosso minusculo, ser, somos imensos, porque estamos dentro Dele. E, mesmo no imenso ser, há pequenez em nós,  (minúsculas gotas) por vivermos apartados, distantes, na contemplação ou busca de um Ser externo, distante, invisível, intocável. 

Negamos estar dentro. Ser parte integrante, igual. 
Idêntico! 
Não! Isso não é prepotência, delírio ou afronta!
É sim, uma constatação possível que deve ser ansiada por todos:
Desejando ser gigantesco com é O Grande Pai, revista-se da tua Fé genuína. Acredite, confie e funda a sua vida (gota) como o Mar Imenso (Deus que em tudo está) para que sejas tu, também,  
"O Filho Amado do Altíssimo".

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

QUANTOS BRASIS DISTINTOS, HÁ, NO MESMO BRASIL DE NÓS TODOS!

Dos Atlantes (pele vermelha) dos negros, (Lemurianos, Africanos) dos brancos, (Agatinos, etc.) dos amarelos, (filhos do oriente). Das tantas crenças e dos que em nada acreditam. Dos ricos e não ricos. Dos letrados e dos analfabetos. Jovens e idosos. Dos times de futebol de cada um e tantos. Homem, Mulher. Héteros, Homos, mais ou menos. Esquerda, direita, centro...
Quantos amigos amados, de pensar diferente do nosso pensar, mas que, mesmo assim, nos amam, não obstante às diferenças.
No cadinho democrático, fervilha o debate que não se funde, nunca, num só elemento, de mesmo pensar, mas, que faz restar e tem que fazer restar a brasilidade de todos os nascidos no mesmo solo e dever-se-iam amarem-se como irmãos.
Mas, não!
Querem fundar um Brasil diferente e que não presta!
Brasil sectário de ódio e intolerância. Brasil que nunca foi assim, de tanta auto felação, canibalismo, doença, autofagia. Brasil, outro, que pra nada servirá!
Eu me recuso a destruir quem eu amo!
Quero sim, acolhe-lo como igual, pois, assim é!

Delta do Amazonas.

CORPO FÍSICO, ALMA E ESPÍRITO.

"Meu corpo é minha alma visível - Minha alma é o meu corpo invisível".

Gibran Khalil Gibran.

Eu tenho mais de quinze anos, navegando na Internet. Escrevo sobre inúmeros assuntos, mas quem costuma ler as minhas escritas, já deve ter reparado que raramente, quase nada eu falo sobre a alma. E não o faço, justamente porque o meu domínio sobre esse assunto, alma, é limitado o suficiente.
Conversei várias vezes com o meu compadre que é um cristão bastante devotado e estudioso. Foi ele quem me disse:
- O ser humano é tricótomo. Ou seja, é subdividido em três "tomos":
A - Corpo físico.
B - Alma.
C - Espírito.
O corpo físico é mortal e falível!
A alma é imortal, mas, também é falível, egoísta, leviana, desastrada, ambiciosa, vaidosa...
Somente o espírito é imortal, soberano, autêntico, puro, imaculado e divino.
Todo aquele que desejar elevar-se em termos de grandeza espiritual, deve esmerar-se na edificação do seu espírito e não da sua alma ou corpo físico.
Bem ai, reside a grandeza do "ser", no lugar do "ter"!
Meu compadre e Gibran, me auxiliaram, sobremaneira, na minha maior compreensão desse Tricótomo.
Bem faço eu de falar bem pouco de um assunto que eu pouco domino.

Delta do Amazonas.

CONVERSA.

Vá ao cantinho do seu coração.
Me encontre por lá.
Peço, por favor.
Se eu não estiver.
Vá às suas lembranças.
Me encontre por lá.
Temos que conversar!
Não é possível suportar.
Constante silêncio seu.
Parece alguém que morreu.
Mas, tivesse morrido.
Seria você e eu.
Que é dentro dai que eu vivo.
Minha escrita, conversa.
Versa sobre a dor do abandono que amargo.
Não se pode morgar, zombar de um peito que sangra.
Tão pouco teorizar, achar em cima de uma energia que não dissipa.
Ah!
Meu amor, será que já não chega?
Basta de dor, amor não se nega!
Vá ao cantinho do seu coração.
Das suas lembranças.
Me encontre por lá.
Sou eu.
Só, eu...

Canção desnascida.

Delta do Amazonas.

FRAGILIDADES.

Componho canções desnascidas.
Recusa em brotar das tristezas que sinto.
Serestas inacabadas, de canto amarfanhado.
Telas sem terminar, tons destoantes..
Gritos emudecidos, sufocantes.
Não posso trair os ritos!
E, desdizer meu amor aflito.
Sou arremedo de arte, triste.
Metade, de tanta ausência.
Semente que teima em não vingar.
Rebento de não germinar.
Milagre...
Posso viver melhor negando que amo?
Repare no que restou se o faço.
Farelo de ser incompleto.
Migalha de luz sem lume.
Fostes para mim o cume.
Da montanha jamais escalada.
Somente eu, ousei no seu topo fincar bandeira.
Por negar-me a fazer do amor, brincadeira.
Mas, ao que vejo, foi só eu!

Delta do Amazonas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

JAPÃO.

Os japoneses já foram uma sociedade truculenta, mas, aprenderam a lição!
Mirem-se no exemplo daquelas crianças, japonesas.
Limpam, zelam, amam a sua escola, como se sua outra casa, ela fosse. Fazem a própria comida, servindo-as eles mesmos. Fazem faxina no prédio. O mantém como um brinco reluzente e bonito.
Mirem-se no exemplo daqueles jovens japoneses que, ao termino de cada jogo da Copa do Mundo de futebol de 2014, limpavam todo o lixo do setor que ocupavam e até das imediações.
Copiar, imitar o que não presta é fácil.
Que tal adotar bons exemplos de cidadania, civilidade, ordem e asseio?
Está na educação, no respeito ao prédio da sua escola, na amizade e reverência aos professores, o pilar de sustentação da grandeza daquele que se candidata a ser valor para a sociedade do futuro.
Nota-se que a Internet tem coisas boas e más. Nota-se que a juventude brasileira, mais especificamente a de São Paulo, decidiu abraçar os bons exemplos dos jovens japoneses, afinal, lição dada deve ser lição aprendida e posta em prática.
Eu passei muitos anos nos bancos escolares. Nunca em tempo algum deixei de ter respeito e amor pela escola. Até hoje, mantenho tais sentimentos, respeitos todos os meus professores. Alguns são meus amigos há mais de cinquenta anos.
Todos já sabemos que, no Japão, as autoridades só se curvam em reverência diante dos professores. Isso sim é um tapa na cara de quem pratica o oposto. Essa eterna entronização de pigmeus insignificantes que pensam serem os donos do mundo.
Basta da inversão de valores.
Basta da truculência insana contra crianças que só querem ter os seus direitos preservados, ainda que para isso, tenham que exporem-se a riscos, ameaças, prisões ou demais tipos absurdos de intimidação covarde e vexatória.
Miremos todos nós, naqueles exemplos das crianças japonesas.

Delta do Amazonas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

HOMEM COSMOS.

Quem não é como a Lei Universal é, está merce de arremedos espúrios, distorcidos, quase sempre nocivos e perigosos!
O livre arbítrio, é uma estrada de múltiplas direções!
Nenhum governo ou parlamento é constituído por reis imortais, intocáveis. Estes, são vassalos, serviçais, nada além disso!
A Majestade é o Povo!
A juventude de São Paulo, pretende o seu cetro, de volta para as suas mãos.
Aqui não é quintal, feudo ou privada de ninguém!
Muito se enganam, aqueles que imaginam que os paulistas são "galinha morta", dondocas batedoras de panelas.
Eu, hein!
Não é a primeira vez que algo assim, acontece.

Avante!

Delta do Amazonas.

domingo, 29 de novembro de 2015

TODO HOMEM QUE AMA, QUER UMA MULHER DE CHICO!

Ah!
Quem dera?
Tatuada em mim, fosse
A minha amada.
Para estar em mim.
O tempo todo.
Como parte de eu mesmo.
Ser comigo.
Onde quer que eu vá.
Ir e vir...
"Quero ficar no teu corpo, feito tatuagem.
Que é pra te dar coragem.
Pra seguir viagem, quando a noite vem".
Mas, desamando.
Que se vá embora, pois, então.
Aliás, como sempre vai!
Ser de outro(s).
Regalando-o(s) com os frutos.
Daquele meu cultivo dedicado.
Escultura de entalhe delicado.
Esmero meu, detalhado.
Beira a perfeição!
E, de tão linda.
Minha obra mais completa, criação.
Se vai por ai, como prêmio.
Fazer feliz, outro coração.
O daqui, esmagado, destruído.
Servirá de adubo.
"Te adorando, pelo avesso.
Só pra provar que.
Ainda sua tua".
Quisera, todo homem que ama.
Ter uma mulher de Chico.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

DIVAGANDO.

O tempo precisa de tempo para passar.
Do contrário, deixaria de marcar em nós, tanta saudade.
Arrastada na sua calda de Cometa.
Nossa dor, desengano, banimento, quase morte.
Caldo que não é perpétuo.
Feito de gelo, gases e ilusão de ótica.
Desaparece, quando da sua aproximação do calor solar.
Calor, energia, luz de afeto.
Nem deve, mesmo, permanecer pra sempre.
Cometer erros nas nossas escolhas.
Faz parte da Natureza Humana!
E ter o atributo em mãos para repara-los.
Não é castigo.
É benção divina!
Caldo, calda, ilusão, fantasia.
Sem asia, má digestão.
Um dia, acaba.
E, em seu lugar, o novo se anuncia.
Recomeço.
Quantos mais?
Tantos o quanto forem necessários.
Até que, ao final dos seus inúmeros alvoreceres.
Chegue o tempo da mansidão...
Felicidade.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

OS PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA VITÓRIA.

Tudo ia perfeitamente bem, até que, vendaval inesperado quis a tudo demolir. Baixa de três soldados valentes, crise, perda das rédias...
Cabisbaixo e murcho o general havia perdido as esperanças.
Foi então que, no aconchego morno do colo da sua mulher, ouviu as seguintes palavras:
- Erga essa cabeça. O Time é bom! Reorganize-o e vá!
Aquilo funcionou como se estivesse acabado de ser engessada a sua espinha dorsal.
Com a credibilidade que essa voz lhe inspirava, tratou de obedecê-la, imediatamente e à risca.
No dia seguinte era outro homem! Alegre, com brilho nos olhos, e esperança no coração, tratou de fazer do mesmo jeito que a sua mulher lhe havia ordenado.
Reuniu os seus comandados, instigou a sua fiel torcida para uni-los em torno de uma convicção: Somos uma família capaz de enfrentar qualquer adversidade!
Eis que, o convencimento foi conquistado e junto com o Mantra: Vai Corinthians, somos Hexacampeões Brasileiros, título que o general Tite, dedicou justa e merecidamente, para a sua maior responsável:
Sua amada mulher.
Qual homem vai aonde, sem a sua mulher, foguete de propulsão a nos impulsionar para o alto?

Qual?

sábado, 7 de novembro de 2015

DESFAZENDO O QUE FOI BEM FEITO.

Foram os Bandeirantes de São Paulo que, numa luta de convicção inabalável, conquistaram cada palmo das fronteiras do Brasil, para o povo brasileiro. Portugueses, vermelhos e negros, juntos, alcançaram tal façanha, um legado precioso que deveria ser entendido como o nascimento da Nação mais miscigenada do Planeta. Harmônica entre as várias raças, credos, costumes, cultura e diversidade.
Um só povo!
Mas,não!
Papagaios imitadores do que não deu certo em outros países, trouxeram para o solo sagrado do Brasil, o vicio segregacionista. A distinção entre pessoas à partir da cor da pele. A disputa insana entre credos, tudo que não funcionou em lugar algum do mundo. E, não satisfeitos, em acréscimo, inventaram o horror da separação das classes, por ideologia ou por poderio financeiro.
Quanta idiotice junta!
Não, o Brasil não precisa dessas epidemias de ódio, nem dessas ondas de empáfia arrogante daqueles que se imaginam melhores que os outros. Nosso país não tem as dimensões que têm por acidente de percurso.
Não!
O Brasil é imenso por ser enorme o seu destino. Ser o berço de todos os povos do mundo. Celeiro do bom convívio amistoso, pacífico, ordeiro, amigo...
Pretender desviá-lo desse caminho, constitui ato de dolo absoluto onde, nenhuma crença se faz credenciada a impor a sua fé para os demais. Respeitar a crença, a diversidade de raça e gênero, o equilíbrio entre o que é distinto por natureza sem ser excludente por qualquer motivo ou mania é tarefa de todos.
Toda mente doentia que pensa e faz o contrário, necessita ser tratada urgentemente, para que, só assim, o vírus letal do seu ódio separatista não contamine mais ninguém.
Será que já não basta de pensar com o dedão do pé?

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

PRIMAVERA, CANTAM OS SABIÁS.

Cantar para atrair seu par, fêmea, para acasalar.
Ninho, família, preservação da espécie.
Natureza!
Mas, o mundo está do avesso!
Natural ficou desnaturado.
Normal se fez anormal, distorcido, do avesso.
Sabiá da cidade grande, canta a madrugada inteira. Dia inteiro.
Mas o seu cantar não alcança, ouvido da fêmea.
E de tanto cantar, quase em vão, até moção contra o seu canto, já se faz!
E quem, invadiu o espaço de quem?
Banir os pássaros, silencia-los para dormir em paz?
Cantam os Sabiás para atraírem o seu par.
Onde vão as suas fêmeas?
Às compras nos Shoppings de passarinho?
Ás praias? Para a Paris de terras distantes?
Estarão travestidas, também, as fêmeas de Sabiá?
Talvez, convertidas...
Quiça, desinteressadas em cumprir as leis naturais.
Teriam minguado em número?
Mortas por estilingues, envenenadas pelos agrotóxicos, dizimadas propositadamente?
Desesperados, catam os machos de Sabiás!
Cantam o dia inteiro, a madrugada inteira.
Cantam o rito de atrair, para acasalar.
Onde vão as suas fêmeas?
Por quê não ouvem, não se enamoram mais?
Nem ligam para o canto desesperado dos machos,
Sabiás?

sábado, 24 de outubro de 2015

DO SOSLAIO AO O OLHAR POR DENTRO.

Quando eu cheguei, ela já estava. Ambos nos olhamos ligeira e aparentemente, sem nenhuma consequência. Mas não!
Ela, ali do meu lado, alta, esbelta, pele de seda, seios rijos, denuncia da sua jovialidade. Largos ombros nus, rosados...
Cada vez mais me convenço de que o olhar emite radiação, calor que faz soar algum tipo de sinal de alerta.
No vidro da porta, feito por ela de espelho, buscou ângulo ideal para encontrar-me e, então, quis acolher-me nos confins dos seus pensamentos secretos. Ao perceber-me, também, olhando-a, mas, o meu olhar de postura esganada, não fugiu. Ao contrário, torceu o seu tronco a encontrar-me de frente, desejando mergulhar, voluntariamente, para cá, dentro de mim.
Concedeu-me segundos daquela beleza colossal, natural de rosto lavado, sem nenhuma maquiagem. Sabedora de que seus dotes não necessitam de artifícios extras, não os utiliza.
No sério dos nossos semblantes imutáveis, um código de conduta fora trocado entre ela e eu. Sem sorriso. Sem palavra. Sem toque...
Semente da paixão atirada em solo fértil.
Nada eu sei sobre ela. Tão pouco, ela, do que houvera provocado aqui dentro.
Mas, uma coisa é certa:
Foi mágico, bom, vibrante, enquanto durou!

"Próxima estação, Paulista".
"Next station" .

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

TOADA EM ALTO MAR.

Entoadas ao vento
Vão, minhas canções de amor.
Mar alto.
Emboladas, Jongo, Seresta, Fado.
Todas de dor.
Ah! meu sangue Mouro.
Imponha-se fundido ao meu sangue português.
Faz de mim, valente marujo.
Que pelo mar tem respeito e não medo.
Quem dera, do Fado ou Jongo.
Eu possa extrair as vitórias das minhas conquistas.
Nau ao mar, pois então.
Avança, vai, seduz, cativa coração arisco, esquivo.
Traga-o para cá, dentro da minha embarcação de abandono.
E, o mesmo mar que zomba da fragilidade do meu barco.
Que seja misericordioso.
Talvez, cônscio da sua soberania,
Não nos cause danos mortais.
Mar, que é estrada de levar tão longe.
Leva-nos, então, ela e eu, em segurança.
Até um porto seguro...
Nossa Paz.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

INDULTO NEGADO.

Choro um pranto de criança crescida.
Amadurecida na forja incandescente,
Braseiro de tantas paixões.
Perde calor, apaga o coque
E o que resta é quietude.
Silêncio rompido por uma lágrima que corre quente.
Saudade do braseiro de outrora.
Ah, quem me dera, tão linda senhora.
Estar eu, no colo da sua memória.
Lágrimas de menino apaixonado, escoam.
Pranto adulto de madura experiência.
Derrama água e sal, olhos à fora.
Choro de amor!
Dor que sufoca e quase mata.
Saudade de alguém que se foi embora.

TRAMA COM LETRAS.

Digo não retumbante para a teoria.
Não quero as drogas, nem as compras.
Carteado, álcool, dominó ou botecos.
Não quero amor de mentira.
Nem sei amor fantasia.
Quero um ser que respira.
Mas, que não seja égua, cão, gato, ovelha.
Galinha, porca, bananeira.
Nem traquinagem, idolatria.
Conta, se amor de mulher, carne e osso.
Nada de vídeo, revista, fotografia.
Mas, de carne viva.
Formas, maciez da pele, contornos, trejeitos faceiros...
Corpo inteiro.
Não à carne fria funesta, inerte.
Quero a dança do encanto e o canto da excitada carícia.
Voz que de tanto prazer, canta.
Sussurra, geme, delira...
Voz de mulher entregue, saciada.
Música para os ouvidos do seu amante.
Sons do pulsar cardíaco buscando ar.
Tilintando em êxtase intenso.
Realização.
Presente.
Quem ama não quer amor de ausência.
Nem pode amar, promessa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

DE MEU, EU SÓ POSSUO A MIM MESMO.

O Brasil, a exemplo daquilo que se dá em todo o mundo, fervilha no clamor pela dignidade, honra, moral, justiça social, igualdade de oportunidade para todos, humanismo e Ética.
Porém, na busca que faz, visando alcançar o referido resgate de valores indispensáveis para qualquer sociedade que pretenda dizer-se de si mesma, ser civilizada, o que se constata para o total desencanto e tristeza de nós todos, é perceber o quanto esmagado estão tantos princípios, sem os quais, somente a vergonha endêmica é servida nesse banquete de falcatruas cafajestagem, cinismo, bandalheira, banditismo, rapa pés, traições discursos falaciosos, etc...
E,
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa
Não sou nenhum santo, nem me arrependo de não ter surfado na onda do famoso, "levar vantagem em tudo", e sim, me orgulho de ter as minhas mãos limpas! A minha consciência leve! Por isso, não possuo nada de meu. Absurdamente distante da grande maioria desses "paladinos" do bafo da onça, do pau oco, vermes habitantes das latrinas fétidas, mas que, de posse das fortunas que fizeram, compram os seus bajuladores capazes da afirmação categórica de que:"seus ídolos não fedem tanto assim". Oras, cheiro de carniça fede, e, de longe, ou não?
Eu vivi para testemunhar dois extremos: A minha turma foi a última do extinto Grupo Escolar do Quilômetro 18 e a primeira quando da inauguração do prédio novinho em folha, do Grupo Escolar João Larizatt, construído pelo governo Carvalho Pinto, na década de cinquenta. Governo que é governo de verdade, constrói escolas num país de tão alto índice de analfabetismo.
A minha turma foi a última da extinta Escola Vocacional anexa ao Grupo Escolar Alberto Torres no Butantã, São Paulo, na década de sessenta. Governo de verdade, oferece benefícios ao seu povo em lugar do açoite. Minha turma foi a última do prédio, lá no alto do Jardim Rochdale, aqui de Osasco, onde fui admitido como aprendiz de Tornearia Mecânica na Escola SENAI e a primeira turma do prédio novinho em folha de Presidente Altino, onde até hoje, lá está. Governo que presta, profissionaliza os cidadãos para que enfrentem o mercado de trabalho de forma digna, qualificada e próspera.
Triste, no entanto, é esse espetáculo de atrevimento total, descaso insultuoso por parte da "autoridade máxima" do estado mais rico da Federação que fecha escolas, já tão escassas para atender a demanda da população, espanca professores, remunera-os de forma vexatória, sem que nada se possa apresentar como justificativa de tamanha violência contra a educação dos menos favorecidos e dos seu professorado.
Que Dia da Criança funesto para o futuro do país, não?
O Congresso Nacional está rifado! Há, ali ,um vergonhoso, escandaloso leilão do: - Quem dá mais? Se os líderes religiosos, as empreiteiras, os bancos, o crime organizado.
Quem der mais, leva!
Num país laico é inconcebível arrastar toda a nação à força para essa ou aquela crença. Mas...
A política partidária está com sua carne podre, gangrenada, em todo o território nacional. Ato cirúrgico emergencial se faz indispensável e urgente, se quisermos estancar a gangrena, salvar a vida do Brasil que, francamente, merecia, merece, e, ha que atrair gente honrada, de brio, moral, ética, visão, humanismo, índole e pulso para devolver o nosso amado país ao seu verdadeiro destino.
Isso não se faz batendo panelas, especialmente por parte desses que sentam em cima do rabo para falar do tamanho do rabo do outro.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

AMOR: A NOVA MOEDA.


Do escambo para o sal, que dá origem ao termo: (salario). Dai para tantas outras, tais como: Prata, Ouro, Pedras Preciosas, Ações, Libra, Lira, Marco, Dólar...
Quantos enlouqueceram na busca desse "vil metal"?
Quantos desastres afetivos de toda sorte foram causados pela dança do dinheiro. Mortes, estupros, intolerância, truculência...
Agoniza esse tempo do dar a vida em troca do acumulo insano dessa moeda podre, pois, maduro é o tempo em que, a Maior das Moedas, mais valiosa, bem como, de maior poder de transmutar tudo, do caos à harmonia. Das trevas ao Mar de Luz...
Eis, a nova moeda!

O AMOR.

Até aqui, fora propagado como sendo a maior força transformadora da qual se tem noticia, mas que, infelizmente, diante da ganância e da visão tacanha de tantos, chegou-se à afirmação de que: "Amor é coisa de gente fraca".
Pois bem!
Tempo maduro da Moeda Amor imperar, já é!
Ai daquele que, daqui pra frente, ocupar-se do acumular fortunas em moeda podre, ouro, pedras preciosas, estando seco de Amor em seu íntimo. E, sabemos que multidões assim o fazem.
Ai daquele que adquirir diplomas, fluência em línguas, condecorações, cargos e projeção profissional, estando oco de Amor pelo seu semelhante, inclusive, o seu inimigo.
Seja rico em Amor pelo outro e tudo o mais será ao alcance das suas mãos. Tudo mesmo, até dinheiro limpo, útil e suficiente para uma vida farta de prosperidade. Longevidade, dignidade, honra e esperança. Honesto sereno viver em Paz e Harmonia com o meio-ambiente, promovendo a Unidade em meio à diversidade.
Itai Doshin = Mentes diferentes com pensamento único:

AMOR.

Delta do Amazonas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

N U N C A.


Nem deveria ser em abandono coração de amor de verdade.
Somente aqueles de fingir amar, esses sim.
O empedrenimento do coração de amor sincero.
Deixa tão pobre as esperanças de tantos.
Especialmente aqueles que debutam no gostar.
Com quem irão se aconselhar?
E, para ouvirem que tipo de desencorajar?
Sem recompensa justa e com punição severa.
Sangra o coração de amor sincero até sua última gota.
Fora desamado!
Abandonado em cruel ostracismo.
Ninguém o soube valorar!
E tudo isso pra que?

SÃ LOUCURA.


Não sou mais louco por ela.
Sou lucido!
Quando louco, punha em risco valores que, a nós, poderia prejudicar-nos enquanto amantes.
Em sendo lucido por ela, pratico loucuras da mente sã.
Mente excitada pela paixão que sente.
Sabe, não ser obscena, vergonhosa, despudoradas as nossas ações.
E que a nós serve-nos banqueteando-nos de tudo aquilo que é comum evidenciar-se.
Quando o desejo de dois, converge no Tempero do Amor...
Melhor ser lúcido!
Loucamente lúcido para saber agradá-la, satisfazê-la e a nós dois, realizar.
Das loucuras que promovemos quando misturados vão nossos corpos.
Ensopados pelos agrados, carícias revelações de descobertas.
Faz-se em broto amansado, aparentemente exausto.
Que só permanece serenado, enquanto novo olhar ou toque, não tornar a ser permutado.
Então, se acontecer, toda dança do frenesi apaixonado, recomeça.

CÁRCERE VOLUNTÁRIO.


Na masmorra do encarceramento voluntário, não existe superlotação. Ao contrário, somos em minguado número! Quase ninguém se predispõe, de vontade própria, fazer como eu fiz:
De eu mesmo fui promotor e réu, juiz e condenado.
Na cela para a qual me conduzi para ser trancafiado, até mato cresce na sua porta de entrada, tal o abandono de alguém que pretenda, ali, se instalar.
Eu mesmo me denunciei!
Fui eu quem a mim mesmo julgou, condenou e me fiz aprisionado, naquela cela de esquecimento e abandono, repleta de mato.
E, qual seria o delito que justificou a condenação imputada?
Amar, desesperadamente, uma mulher linda, ariana como eu, quinze anos mais nova, de modos cultos e requintados, que foi, por seis anos, apaixonada por mim, mas, que nunca pode ser minha.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

62° SETEMBRO.


O Carvalho que sou, sempre esperou pelo Setembro da minha redenção.
Primavera do florescer, recomeço.
Pé-de-amor que inventei viver, para que a benção maior, meu sustento, seu amor, jamais me faltasse.
Eis, o 62° Setembro do meu amparo, aconchego, colo...
Ele sempre vem!
Bem-vindo sejais Setembro, logo no seu primeiro dia!
Serão trinta ao todo!
E, em cada um deles, sei que a mim me trará no seu tabuleiro a alegria da melhor sorte, contida naquele sorriso único, inimitável.
Vem de lá!
Sol de lume vital.
Toda a claridade, farta luz que eu tinha, do encantamento, luz do seu amor.
Alimento...
Seiva que somente Setembro soube produzir e ofertar.
Nem Abril nunca o pode imitar.
Tudo ficou para Setembro, pois, então.
Que assim seja feito.
Assim o será!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PANELA DE VIDRO.


Quem tem panela de vidro, não sai às ruas criticando a panela dos outros, dizendo delas, serem sujas, amassadas, de barro, rudimentares ou vazias.
Como bater panelas, agora?
Vestidos com a camisa amarela da CBF, cujo símbolo, há décadas, foi maculado pela mesma corrupção que se dizem combater e, num misto de fanfarrice inconsequente, alarido descabido contra a Nação, pois, notadamente, ninguém está verdadeiramente preocupado com o país e sim com os seus interesses pessoais.
Governabilidade? Que se exploda a governabilidade! Eu quero mais é defender o meu: O meu emprego. A minha fatia do bolo. A minha igreja. Os meus interesses. Os meus negócios...
O culto ao próprio umbigo, fez uma multidão ficar com a cara de taxo, pois, os seus paladinos, defendidos com paixão pelos seus vassalos, estão tão ou mais envolvidos em roubos, desvios, escândalos de toda sorte do que aqueles que, até então, vinham sendo acusados de serem os mestres da imundice.
Que discurso se escreverá, agora, vassalos?
Qual a tese moleque que irão compor para defenderem o que é indefensável? As suas bandeiras rasgadas manchadas, e lameadas pela pratica de uma politicagem baixa, desastrosa, leviana, cínica e vergonhosa, não mais poderão ser escondidas.
O Brasil de todos nós precisa criar juízo. Somos uma democracia embrionária ainda e, como todo ser em construção uterina, todas as doses hormonais a serem descarregadas sobre esse embrião, necessitam que sejam administradas na medida exata, sob pena de criarmos monstros irreconhecíveis como obra resultante dos nossos enganos.
Há 100 anos, Rui Barbosa já se mostrava desencantado com a política nacional. Desde lá, não se justifica apontar o dedo pra seu ninguém, enquanto cada um não tiver a coragem de olhar para o seu interior e nele perceber se lá no seu íntimo, está ou não o solo fértil da lisura, dignidade, honra e honestidade.
Mãos a obra, pois, então.
Bater panela de vidro, dá nisso

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

PRESENTE.


O mimo que recebemos no Aniversário ou Natal não é presente, é lembrança.
Presente é presença!

FOGUEIRA



Uma fogueira pode queimar quase tudo, menos as cinzas.

RECUSA.



Não vou desamar você.
Não posso! 
Não quero!
É triste e faz sofrer.
Perder a quem venero.
É tanto o meu bem querer.
Que ainda a espero.
Vontade do meu viver.
Avante, prospero.
Desejo meu, a você reter.
Bem dentro do peito.
Minha visão de querer ver.
Verdade, anseio.
Ser seu até morrer. 

MULHER.




Mulher, cheiro, formas, beleza. 
Encantamento de um homem.
Às vezes o nosso tormento, desespero.
Às vezes, razão do nosso viver.
Mulher, supremo delicado capricho da natureza.
Quase perfeita.
Quase...
7 X 1 para todas elas.
Ai de nós!
Ai de mim, filho dela.
Ai de todos os homens.
Posto que, somos, em parte, mulher.
Tendo sido fundida em nós, como adaga.
Herança da nossa construção em nove meses.
Em meio às suas entranhas.
Todo homem, então, também é mulher!
Mas a minha, é estupida, mesquinha e insensata.
É desastrada, insolente, inquieta. 
Muito embora seja sábia.
Porque dela eu sei ser mais centrado.
Sensível admirador do belo.
Me permito chorar, quando quero.
E reconhecer em mim, seu avesso.
Sou metade sem a minha parte mulher em carne e osso.

Onde terá ido parar?

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

SERESTA INACABADA.


DISTINÇÃO ENTRE OLHARES.
A pessoa física detentora da pré disposição de olhar e ver, pode facilmente, por exemplo, ouvir a minha "Seresta Inacabada"e, nela perceber um singelo canto apelo de amor. Entende que não estou me candidatando a nenhum show de calouros, desses muito em moda hoje em dia.
Não, o meu tempo de entusiasmo exagerado com o mundo mágico da música já ficou para trás e faz tempo. Eu apenas quis dedicar uma mensagem musicada que compus para alguém. Essa seresta está como está porque eu quis que assim ficasse. Tudo ali é proposital, até a reverberação para que passe a sensação de tocar na lembrança, na memória de alguém.
Mas, a pessoa jurídica, cercada pelas suas muralhas de insensibilidade e olhar meramente profissional, técnico, frio, irá maldizer a minha iniciativa.
Ai daquele romântico, apaixonado que, por ingenuidade, pureza de fé ou transbordo daquilo que sente, direcionar os seus apelos de amor a uma pessoa jurídica. Ensimesmada nos seus paradigmas contábeis, (relação custo/benefício), pragmatismo extremo e absoluto, se quer irá notar que aqueles gritos desesperados, têm origem num coração que sente amor.
"Nem todo mundo pauta a sua vida nessas coisas do coração".
"Isso é sinal de fraqueza de quem vive no mundo da lua".
A pessoa jurídica é seca, inflexível na dosagem da medicação que pretende ministrar afim de sanar a doença da sua empresa. Pouco se importará com o alerta feito de que alguém agoniza sob os efeitos dessa medicação desmedida. Salvar a empresa é o que importa. O resto, é resto!
Pessoa física = Alguém com cérebro, coração e empatia.
Pessoa jurídica = Robô, acéfalo, autômato, insensível.
Não se pode, nem se deve amar um Robô!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

OLHARES.


Olha, cada um a seu modo.
E, dependendo do jeito de olhar,
Pouco ou nada se vê. 
Gostam da cor, sem ligar para a mensagem.
Notam a figura em destaque,
Sem notar o apoio de amparo.
Toco podre, em brota de fungos.
Lindo!
Com desdem de desprezo, alguém diz:
- Eu não gostei dos pés do "passarinho"...
E o artista conversa com seus botões,
A ele mesmo dizendo:
- Pudera! Não à toa, artistas passam apuro.
Fome!
VISTO.
Disse o meu compadre e amado irmão:
- "Quando tiverdes tuas mãos no arado, não olhes para trás".
Visto que não mais se importa.
Por onde piso os meus pés.
Visto o véu da coragem.
Arrebento o trinco da porta.
Mantos, lenços e laços...
Desfaço!
Finjo que não doe.
E da moda de ir embora, me visto.
Do canto do cisne previsto:
Novos Ventos Soprarão do Rumo Norte.
Anunciado há tantos anos, por isso invisto!
Visto a roupa de missa. 
Talvez para me fazer mais bonito.
Obedeço impulso que atiça. 
E vou...
Ainda que por dentro, feio e aflito.
Cisma de menino na minha mente, tocou.
Tento eu, sufocar um grito.
Ah, se me fosse dado a escolher...
Tendo visto a aliança companheira
Pra longe ser atirada, longe das nossas mãos.
Ventos do Norte que me acolha e proteja.
Sou nas tuas asas, confiante.
Visto as vestes, mimos que me destes.
E de bom grado, agasalhado a mim fizestes.
Aquecendo esse meu corpo que um dia, nu.
Você amou! 
Lá vou eu. Lá vou eu...


sábado, 18 de julho de 2015

O BERÇO DE TODOS OS POVOS DO PLANETA.


A idade do nosso Planeta é de 4 bilhões de anos.
O surgimento dos primeiros seres inteligentes aqui, se dá por volta de 700 milhões de anos. Logo, quando se pauta toda uma cultura, religião e afirmações de que o ser humano surgiu a 3 mil, 5 mil, 10 mil anos é totalmente equivocada.
Estudiosos afirmam: "O primeiro chão a solidificar-se, deixando de ser magma pastoso para acender à condição de solo firme, se deu no Planalto Central, onde hoje, fica Goiás". Eis o solo mais antigo de todo o mundo. Portanto, tudo tem o seu começo em solo brasileiro!
Foi aqui que os Lemurianos, Atlantes e Agatinos mesclaram as suas raças, conhecimento, idiomas e crenças e isso, há milhões de anos!
Então, a tradição do Brasil ser um território do acolhimento de outros povos, miscigenação da paz e da harmonia vem de um tempo inimaginavelmente distante.
Em 1500, aconteceu, apenas, um dos ciclos dessa dinâmica, pois, Pedro Alvares Cabral e Cristóvão Colombo são agatinos. Os pele vermelha erradamente chamados de "índios", são atlantes e as Amazonas, civilização de mulheres negras, são lemurianas. Atente para esse detalhe, especialmente com relação aos atlantes e as Amazonas. Negros e Vermelhos que sempre aqui estiveram.
A ascensão ou declínio de uma civilização se dá no sentido literal de emergir ou submergir. Ou seja, ascende emergindo das águas. Declina, submergindo.
O 1° Movimento de submersão se dá há 4 milhões de anos A.C.
O 2° Movimento, há 200.000 anos A.C.
O 3° Movimento há 75.000 anos A.C.
O 4° Movimento há 9564 anos A.C.
Os movimentos foram, também denominados como: Dilúvio ou Grandes Catástrofes.
Fonte: Jorge Antonio Oro.
Essa introdução se fez necessária para a melhor compreensão daquilo que irei desenvolver em seguida, nos comentários.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

MESA DE PING PONGUE.

O Brasil, é a mesa.
Os adversários, governo e "oposição".
A bolinha, o povo brasileiro.
As raquetes, oratória feroz, muitas vezes farsante, manipuladora, mentirosa.
Os torcedores, as corporações, empresas, bolsa de valores e países interessados no quanto pior, melhor.
As raquetadas não cessam.
Apanha a bolinha (povo) a cada novo golpe, mais violento se faz.
Disparada como bala de fuzil, pra lá e pra cá, sem trégua ou misericórdia.
Não fura, não desiste, acredita...
Vai e vem.
Diriam alguns:
- Pra que sentir pena de quem nasceu para apanhar?
- Não é essa a sua sina?
Outros, de maneira oposta, pretendem por um fim ao jogo da brutalidade inconsequente, fazendo da mesa, aparador de banquete farto onde todos poderão servirem-se dos bocados suficientes para o seu sustento: saciar da fome, beber da fonte da dignidade humana. Desejar reunirem-se no seu entorno como família, como irmãos, cidadãos com oportunidades e direitos, absolutamente, iguais.
Continuar jogando, pra que?
Para que alguém sempre saia perdendo e, ao ser derrotado, se cale, aceite a derrota com altivez e reconheça no seu adversário o seu mérito por ter sido capaz de vencê-lo.
Joga-se o tempo todo.
Trata-se de um vício!
As consequências, não povoam as consciências de nenhum deles.
O que importa é jogar.
Golpear com força, com efeito, com astucia, a bolinha.
É divertido!
O povo (bolinha)?
Ora o povo...

domingo, 12 de julho de 2015

À DIREITA.


Direção que nunca foi certa, quer endireitar o que sempre foi torto.
Pau que nasceu assim, pra dar em doido.
Mas que, por tabela, arrebenta o lombo do seu povo.
"Direita, volver..."
Não é pedido.
É uma ordem!
Está à direita do que seria o correto!
Lado oposto do justo.
Dever do Estado.
Promoção da igualdade.
Oportunidade para todos.
Oportunidade!
"Direita, volver...".
Levantam poeira...
Lágrimas empoeiradas formam a lama que salta aos olhos.
Marcham a botinadas no chão e nas costas daqueles que, sem botas,
Assam a sola dos seus pés descalços, nessa estrada de solo escaldante...
Brasil.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

BOM PENSAR.

Ratos não morrem queimados. 
Por quê? 
Eles possuem um instinto que os faz evacuarem o local que irá pegar fogo, horas antes do incêndio começar.
Pois é!
Ratos são capazes de se precaverem, conhecendo, percebendo e antevendo as causas de uma tragédia que se avizinha. No entanto, nós humanos, praticamos o combate ao efeito (incêndio) ao invés de nos prevenirmos das causas como, tão bem o fazem os roedores.
O menor delinquente, é efeito e não causa! 
Reduzir a idade penal é se confessar ser menos do que os ratos.
Quais são as causas da delinquência juvenil?
- Racismo.
- Sucateamento das escolas.
- Depreciação do professorado.
- Desigualdade social.
- Desemprego.
- Negligência no combate ao tráfico de drogas.
- Ineficiência do Estado no combate ao contrabando de armas.
- Livre comércio de produtos piratas.
- Truculência de uma polícia despreparada.
- Arrogância dos governantes, etc., etc., etc...
Reduza a idade penal de dezoito para dezesseis anos e os bandidos passarão a arregimentar jovens menores de dezesseis anos.
Simples assim!
Anos atrás, eu soube de uma menina de nove anos que gerenciava uma boca de tráfico e, na época, já ganhava R$ 10.000,00 por semana.
Eis a causa a ser combatida!
Que tal mirarmos no exemplo da Coreia do Sul, por exemplo, que, em duas décadas mudou radicalmente o destino do seu país, quando decidiu investir pesado na educação das suas crianças e jovens? O resultado está aí para todo mundo ver! O salto de qualidade se fez notar em todos os setores da sociedade coreana.
Mas, no Brasil, investir em educação é quase uma heresia. Somente os filhos das classes mais abastadas tem direito a esse privilégio. Professores e alunos das classes mais humildes não merecem atenção, amparo, tão pouco respeito por parte dos governos que preferem agir com inteligência, instinto, visão menor do que a dos ratos.
Pode?

HÉTERO.

Fui gerado,
Soldado a uma irmã gêmea.
Um Ser Feminino, xifópago.
Meu Norte!
Pra eu reverenciar, cultuar, cortejar...
Jamais imitá-la em arremedos mal feitos.
Sempre na plateia.
Enquanto guardião das suas performances,
Eu me faço, a maravilhar-me.
Fã dos seus modos delicados.
Das suas intuições e graças múltiplas.
Andar requebrado, pele macia de seda.
Charme, elegância, perfume e magia fêmea.
Tantos atributos de puro encantamento e beleza.

Nunca me digladio com ela.
Ao contrário, sempre a fiz,
Bem-vinda!

Quando separados,
Oportunidade dada, a cada um,
Para que galgássemos liberdade individual.
Não sofri, sorri...
Entusiasmado.
Posto que, dali por diante,
Todo um universo novo
Versaria sobre a grandiosidade
Do diferente, ser!
Então, não há nada a dizer
Sobre um mundo que eu não conheço.
Amo a siamês que vivi em mim.
Especialmente porque é, meu avesso!

VULTO.

Volta à memória, noutra vez
Lá está, silhueta tua.
É sutil a lembrança da tez.
Saudade nua.
Que por tão grande ser
Cada palmo de mim, invade.
Flutua leve, como pluma no ar.
E que, pra tão longe, voa.
Se faz em constante viajar.
Apartamento da cisão
Cicatriz que arde, sangra.
Devolve a dor de roldão.
Meu par feminino, siamês.
Se vai embora.
Sem ser mais nu quando partiu.
Agora, se faz em armadura intransponível.
Blindada, imune ao meu toque.
Talvez, até orações evoque.
Na intenção de, bem longe de mim, permanecer.
Só um vulto se pode perceber.
Resquício de um amor encharcado de bem querer.
Que foi robusto, alegre, próspero.
Mas que, doravante, pena amargurado.
Agoniza a felicidade esquartejada.
Arrebentada em pequenos destroços.
Onde, parte desses cacos arremessados,
Sou eu!

sábado, 18 de abril de 2015

VAZIO DE NÓS.

Todas as praias de verão limpo e lindo, não foram plenas.
Nem ela, nem eu estávamos lá.
Todos os bailes das grandes valsas, minueto, boleros e foxtrote.
Nenhum brilhou como deveria...
Nem ela, nem eu dançávamos nos salões dos seus encontros.
Todos os pique niques das toalhas em xadrez estendidas no chão.
Das cestas fartas de bolos, salgados e lanches em caprichada confecção.
Guaraná, Tubaína, refrescou, adoçou, alimentou e fez feliz o quanto podia...
Nunca fomos juntos a nenhum deles.
Todos os Carnavais, feriados prolongados, perderam-se no desperdício.
Até mesmo nos tempo da não escassez de dinheiro, nem assim, nunca pode!

Qual Paris pode ser tão mágica, romântica e sedutora,
Quando, só um de nós, por suas fronteiras adentra?

Quão cruel, viver em Extrema em solidão dorida.
Quem pode suportar tantas paisagens, inspirações, encantamentos
Estando sem o nosso par?
Éramos dois namorados loucos um pelo outro.
Mas, jamais fomos livres para viver, beber, desfrutar de tantos goles.
Quinhões de regalo.
Ter ao alcance das mãos, o pote, repositório de contentamento.
Merecido espaço a ser preenchido por quem de direito:
Dois que tanto se amam.
Mas...
De tanto viver de migalhas, nosso amor robusto, se desnutriu.
Minguou, em pele e osso, caiu doente, e, quase morto, é!

quinta-feira, 2 de abril de 2015

TRAÇOS DA INGRATIDÃO ENDÊMICA.

Tudo se pode esperar de quem não gosta de ler, nem tem fome de conhecimento, não conhece nem a si mesmo, que dirá aos outros. A “Banda do Zé Pretinho” toca ódio direitinho!”!
O tio do Zé Pretinho, passou a vida servindo a ele e os seus, mas, Zé Pretinho acusa o seu tio de ser vagabundo. Tio que com seus outros irmãos tios, concretou toda a calçada do corredor da casa da mãe de Zé Pretinho, enquanto que ele e sua Banda batiam pandeiro, faziam pagode, rindo e gargalhando sem serem capazes, de prestarem, se quer, tímida ajuda aos tios que trabalhavam de graça na casa da mãe desses batuqueiros. Nem ele, nem os irmãos dele. Tio que, quando tinha carro, se parecia mais com um motorista de ambulância do que com dono de um carro de passeio de sua propriedade particular.
Um desses carros foi todo restaurado pelo tio vagabundo e quando ficou pronto, Zé Pretinho o pediu emprestado para uma emergência. O tio prestativo atendeu a sua solicitação e emprestou o seu veículo, e, Zé Pretinho fez uso e regalo daquele ato gentil. O Carro restaurado tinha uma porca que prendia o volante à coluna da barra de direção, espanada. O tio sabia desse defeito, mas Zé Pretinho, não. Sem experiência, na condução de um carro com câmbio automático, sem o menor senso de destreza ao volante, Zé Pretinho, quando subia uma ladeira, puxou o volante para trás, como quem quer ajudar, no braço, um carro para subir rua íngreme. Zé Pretinho, faz chacota do carro que o serviu porque o volante saiu na sua mão. Então, ri de gargalhar do episódio que vive repetindo para todo mundo rir com ele. Foi o seu tio, vagabundo, quem correu daqui e dali para dar assistência à gestante esposa do Zé Pretinho, passando horas na porta de maternidade, Pronto Socorro, ajudando, ajudando. Três das suas filhas nasceram em segurança porque o tio de Zé Pretinho, gentilmente as conduziu com sua mãe, até a maternidade.
Zé Pretinho, aos berros ali no corredor que o seu tio vagabundo, ajudou a concretar: - Canalha, cretino, inútil. Mas, o tio de Zé Pretinho, inútil, vivia ajudando a resolver questões da casa da sua mãe, consertando máquina de lavar, trocando chuveiro, arrumando boia de caixa d’água, trocando fechadura de porta, emprestando cama e colchão para dar conforto para as suas filhas, emprestando ferramentas, escada, trocando lâmpadas, emprestando livros para auxiliar suas filhas nas tarefas escolares, etc.
E onde estava Zé Pretinho, trabalhando? Na maioria das vezes, não. Em muitas delas ele se ocupava de tomar banho, se perfumar com suas essências caras. Noutras, ficava por ali, incapaz de segurar uma escada para evitar a queda do inútil tio prestativo. O mesmo tio, também é chamado de lixeiro pela irmã gêmea do Zé Pretinho e quer saber por que? Porque há dez anos o tio lixeiro deles, realiza um trabalho de coleta de material reciclável, que vizinhos e amigos trazem e o tio classifica, armazena e depois entrega para o caminhão da Coleta Seletiva da Prefeitura.
O tio vagabundo, inútil, dele é autor de quatro livros publicados e mais sete à espera de publicação. Porém, Zé Pretinho diz em tom de deboche:
- Cadê os seus livros, encalharam? O cara escreve dois livros, sendo que, no segundo, ele pede desculpas pelas merdas que escreveu no primeiro. Mas Zé Pretinho leu algum livro do tio vagabundo? Claro que não! Ele tem aversão à leitura. Ele e boa parte da sua parentela. Gente com vasta cultura televisiva. Dos pagodes, e na arte de semear intrigas, injúrias, mentiras e principalmente ódio por toda parte. A Banda do Zé Pretinho é exímia no debochar da cara de todo mundo, mas, quando alguém ousa devolver na mesma moeda, eles fazem o que fazem. Ocupam-se na execução de cuidar da vida alheia. Agora, cuidar da própria vida...
Perguntem para o Zé Pretinho, o que ele já fez de bom para o seu tio? Ele diz que cansou de apartar briga minha com a minha ex-mulher. Ele diz que eu matei ela de tanto bater e depois fui chorar no velório dela, dando uma de viúvo. Com que direito ele levanta tão grave calúnia? Em que isso pode engrandecê-lo?
A resposta é um retumbante, em nada! Assim como em nada irá se tornar a triste história da sua vida.

domingo, 15 de março de 2015

OUTONO.


Estava zangado!
Só a sua zanga, explica a minha sina.
Sou de Abril!
Logo do seu primeiro dia.
Lógos particular, só meu.
E, mesmo tendo nascido numa manhã, quase meio-dia.
Compareceu mais forte, o breu.
Longas, sombrias noites.
Negação do clarão solar.
Vou por essa vida, seguindo, num eterno tatear.
Quase nada é palpável.
Quase nada é concreto.
A não ser, o escuro do abandono.
Excesso de descaminho.
Farol do Oriente.
Se faz ausente.
E, por quê, não está lá?
Negação...
Nem fresta, nem língua de lume, nada.
Negação de trégua.
Negação de fôlego.
Açoite!
Quinhão da minha vez.
Vontade de compor harmonia.
Trazer, aproximar companhia.
No alegre roçar da tez.
Dela e minha.
Não é de arrependimento, verso que faço.
Verbo de contra golpe.
Galope de triste amargura que é só minha.
Armadura.
Trincheira, esconderijo de comandante amedrontado.
Sorri para mim, felicidade...
Invoco a tua presença, já que, ausência.
Sem perceber em mais ninguém.
Tão intensa quanto em mim, é.
Outono do despencar constante.
Quis despejar, inclusive, eu.
Como uma folha solta do galho.
Nasci em Primeiro de Abril.
Pra ser, quase uma mentira.

sábado, 7 de março de 2015

GÊNERO FEMININO.

Mãe.
Nascente.
Luz.
Vida.
Mulher.
Amante.
Ornamento.
Amor.
Regalo dos homens.
Perfume.
Mais valia.
Ventre.
Concepção.
Divina missão.
Povoar a Terra.
Encantamento.
Nosso Norte.
Magia.
Nossa devota paixão.
Canção.
Pauta musical.
Curvas.
Beleza.
Graça.
Charme.
Delicadeza.
Melódica sedução.
Minha reverência.

FELIZ OITO DE MARÇO.

quarta-feira, 4 de março de 2015

DE ANTANHO



Platão viveu na Grécia entre 427 a 347 antes de Cristo.
Desde lá, o cancro da corrupção, da baderna no meio político já viciava, enlameava o trato da coisa pública. Se não vejamos:
“Corria-lhe nas veias o sangue da alta nobreza helênica, e o maior pesar do jovem aristocrata era ver o seu país agonizar num caos de desordens internas e externas. Desde esse tempo concebeu Platão a ideia de pôr a sua vida ao serviço da pátria e da prosperidade nacional. Tornou-se politico militante e atingiu notável influência nesse setor.
“Entretanto, graças à perspicácia do seu gênio, não tardou a verificar que, para promover a grandeza nacional, era necessário, antes de tudo, sanar o ambiente político interno, ou melhor, converter os políticos do egoísmo para o altruísmo, dos interesses do bolso e das vantagens pessoais para o idealismo do sacrifício pela causa pública”.
Não pretendo aqui, falar daquilo que eu não vivi. A vassoura do Jânio da Silva Quadros, na década de sessenta, era, apenas, um das centenas de sinais da imundice que graça no meio politico universal. 
Na década de setenta eu fui Fiscal de Habite-se da extinta CAEMO (Cia de Águas e Esgotos do Município de Osasco). Responsável pela aprovação de projetos da instalação e construção de edificações vivi a realidade desse mundo de propinas na própria carne, e, por não aceitar ser conivente com tais práticas, acabei por ser desligado do meu cargo e do meu emprego. Fui casado com a Diretora de Patrimônios da Secretaria Estadual de Saúde e nessa condição, também, conheci mais uma dessa infeliz faceta. Fui chefe de equipe da DERSA. Fui eu e a minha equipe quem sinalizou com “olho de gato”, a via Dutra no trecho de Santa Isabel a São José dos Campos. A Imigrantes nos trechos da chegada à baixada santista, além do trevo que ali existe. Conheci pessoas que enriqueceram ao desviarem recursos da SABESP. Participei da aquisição por parte da SEDERT (Secretaria de Desporto Esporte Recreação e Turismo) aqui da minha cidade, quando da compra de um equipamento de amplificação e sonorização do Ginásio de Esportes Independência, palco dos grandes festivais de música na década de setenta e oitenta.Compramos o que havia de mais moderno na época.
Para não me alongar, fico nesses exemplos acima citados, para dizer do horror que eu conheci, diante dos meus olhos e que a mim me deram amplo constatar do que acontece nesses meandros. 
Então, eu pergunto:
Como pode alguém em sã consciência, acreditar que santos de índole pura, transitam por esses corredores todos? É preciso ser muito ingênuo ou desinformado para assim crer.
Quem transita pelas dependências de qualquer Prefeitura desse país, imagina que não há somente um Prefeito, mas, vários, centenas deles, já que reles funcionários, revestidos de um poder que não possuem, portam-se como se fossem a autoridade máxima do município, o próprio Prefeito, caracterizando, assim, o abuso de poder e a sanha do levar vantagem, celeiro fértil para a prática da solicitação ou da aceitação de vantagens indevidas de toda sorte.
Eis a regra, o vicio o atropelar da ética, da lei, da moralidade.
Todos esses ilusórios defensores da apuração dos escândalos em voga, da Petrobras, sabem muito bem de que estilhaços irão atingi-los a qualquer instante, já que poucos, muito poucos, se salvam pelos motivos elencados acima. Esse espetáculo circense que fazem, é mais uma vergonha descarada do tipo, sentar em cima do rabo para falar do tamanho do rabo dos outros. João, quando fala de Pedro, está se referindo mais ao próprio João do que de Pedro. 
Eu, não enriqueci. Muito pelo contrário, passo apuros pelo fato de nada possuir de meu, e, como já bem disse Rui Barbosa: 
“De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

PEDALA ZEZINHO.


"Ao invés de uma pessoa dar mil passos, preferível é que mil pessoas deem um passo".

Daisaku Ikeda.

O Projeto: Pedala Zezinho, faz com que todas as pessoas caminhem juntas, misturadas, chamando a atenção dos meninos, atraindo-os para o caminho do bem.
Vi todos juntos. Nobres e plebeus. Ricos e pobres. Cultos e desletrados. Estavam, sim, de mãos dadas, ensinando, aprendendo numa relação de Mestre e Discípulo que no futuro, certamente, ninguém mais conseguirá identificar quem é um e quem é outro.
"Todo o artista deve ir aonde o povo está".
O humanismo deve ser exercido priorizando os humanos e dai propaga-lo para o todo.
Foi o que fez o Lord Edu Garbim, http://www.edugarbim.com/, que à vista de todos é um aristocrata, mas que, no entanto, ali compareceu, de bom grado, para dar a sua contribuição, desfilar a sua aprimorada técnica, demonstrar as suas habilidades, destreza, sucesso no abraçar uma profissão difícil, mas, amplamente prazerosa, pois, a desempenha com amor por ela, e, isso lhe basta.
Outros nobres seres devem ser citados aqui, tais como: Murilo Casagrande Modolo, Samir Mendes de Melo, Cadú Ronca, Wagner Careca e tantos outros. Líderes guerreiros. Valores humanos que muita gente imagina erroneamente, que não existam. Só que eles são uma realidade inconteste! Mangas arregaçadas, estandarte em punho, marcha no rumo certo: Amparar, proteger, encaminhar, ensinar. Olhar de enxergar onde e o que promover de modo solidário e consistente o resgate de crianças que, sem esse tipo de assistência, se tornam presas fáceis para serem aliciadas para o mundo do crime.
Não são somente as bicicletas reerguidas, reformadas, ali. É, também, cada um daqueles pequenos atores do show da vida, que muitas vezes, dada a falta de oportunidade, opção e principalmente da mão estendida, são forçados a desistirem, antes mesmo de descobrirem que possível seria, virar a mesa. Eles saíram dali com o dorso ereto.
Gosto de repetir que sou outro, depois desse sábado 31/01/2015.
Aos onze anos, também eu e demais colegas de escola, recebemos um olhar desse tipo na nossa direção. Ganhamos o nosso primeiro passeio de avião das nossas vidas e eu, nunca mais, pude me esquecer do meu encantamento, desde o adentrar no Aeroporto de Congonhas lá na longínqua década de sessenta. Estar cara-a-cara com um Dart Herald gigantesco, adentra-lo, sentir a indescritível sensação do taxiamento da aeronave, o seu alinhamento na pista de decolagem, a aceleração dos motores, sua decolagem, o voo em si o pouso e a volta pra casa, para o dizer a todo mundo o que alcançara eu.
Promover certos atos de inclusão aos meninos dessa faixa etária é algo grandioso, que, nunca mais, se poderá esquecer, gerando um sentimento de gratidão balsâmico, eterno.


Dou o meu testemunho!

domingo, 25 de janeiro de 2015

BOM PENSAR.



Finalmente chegou o tempo futuro que o meu livro: Terra o Planeta de Depois de Amanhã, predisse. Nele, faço duras críticas a todo esse frenesi de tolo dizer-se ser belo, aquilo que em nada belo, é.  Por exemplo: Onde há beleza em um Rio de Janeiro que sepulta impiedosamente a paisagem natural, sem se importar com as consequências, e que, hoje, já são cobradas com pesados juros e correção monetária de quem o praticou? Floresta de barracos e casebres é bonito, onde? Desmatamento, agressão ao meio ambiente, poluição dos Rios, Córregos, Lagos, e Mar. Má destinação dos resíduos urbanos. Méga concentração populacional etc. e tal. Pior perceber que a pratica, invés de ser coibida severamente, além de não o ser, faz-se pensar que pode ser imitada, assim como, já se verifica em todos os morros, encostas, e Serras, seja em São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo, Bahia, etc. Tudo invadido, grilado, debaixo das barbas disso aí, que nos acostumamos a chamar de governo.
Em contínuos espetáculos do empurrar com a barriga, todos são responsáveis pelos estragos, sejam os governos mais ou menos, desqualificados e incompetentes, seja o povo, habituado ao “ir levando”. Só que agora, as suas imbecis atitudes do empurrar com a barriga, não tem mais para onde levar as suas estupidas condutas.
Não é à toa que falta água. Nem é à toa que poderá faltar energia elétrica. Não será incidente ou acidente faltar outros gêneros de primeira necessidade, como alimento o suficiente para todos, só para citar um exemplo. E, nessa grande sopa de estúpidos modos, não se poderia esperar sabor mais amargo. Ou todo mundo modifica, reforma, repensa os seus atos, ou acelerar-se-á o Decreto do Fim de Tudo.  
O cronômetro já foi acionado e faz tempo!


Delta Do Amazonas.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

SAMBA QUADRIL.

E, lá vem o Carnaval.
Reino do Samba, Marcha Rancho ou Jongo?
Se distintos, na avenida, Samba.
Nos salões, Marcha Rancho.
Nos Blocos carnavalescos, todos os três.
Mas, onde houver samba, tem que ser nos quadris.
Quem derrubou o samba para os pés?
Foi o Rio de branquear tudo.
Na sua origem o samba nunca foi no pé.
Nunca pode.
Os pés da negra pisavam descalços
Chão de terra batida, nos terreiros.
Dos quintais e Senzalas.
Chão da terra fofa, nas lavouras.
Rito de evocação à deusa da fertilidade.
Terra e Ventre.
Semeadura das sementes sãs.
Dança quadril, pois, então.
Leva adiante a sua missão:
Seduzir, provocar, excitar, encantar...
Quais pés dançariam em tais circunstâncias?
E pra que?
Samba no pé é coisa profana.
Coisa de gente que engana.
Não sabe sambar, tão pouco conhece a história ancestral.
Quem derrubou o samba para os pés?
Foi o Rio de branquear tudo!
Samba não é só batuque, às vezes, mas parecendo, fanfarra.
Nem sapateado, próprio de quem tem corpo duro.
Nem voltinha, nem marra...
Samba é ritual!
Respeita!
Dança quadril, samba.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

BOM PENSAR

Há mais de duas décadas eu soube através do meu Mestre da Vida, que a música é um organismo vivo, responsável pela construção do Universo. A ciência começa a provar o quanto essa afirmação está correta. Abaixem o volume e assistam a esse vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=1yaqUI4b974

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

ANO NOVO.



Um velho amigo, meu compadre, apresentou-me a um novo desafio. Entrar, com ele, numa nave, para juntos, conhecermos o mundo que ele habita.
Era a agonia de 2014. Seus derradeiros instantes.
A nave com seus dois tripulantes, aportou. Tudo escuro. Arriscamos saber se alguém, lá, estava. Fizemos o certo! Num minuto a dona daquele lar nos recebeu com farto sorriso no rosto. Um reencontro atrasado em mais de quarenta anos. Eu revia uma amiga tão querida, esposa de outro amigo dos velhos tempos. Numa cozinha linda, limpa, sentados à mesa, bebemos uma prosa saborosa de grandes recordações, tanto que nos atrasamos para o futuro. Tudo ainda estava por acontecer.
Então, nos despedimos e embarcados de volta ao interior da nave, lá fomos nós, rumo ao destino feliz que nos aguardava. Ao atracarmos no porto, complicadas manobras que somente um comandante experiente é capaz de promover, fizeram nossa Nau atracada. No desembarque, já em país cuja fronteira eu jamais havia transposto, uma recepção calorosa, um abraço de amor, de saudade, do resgate de todas as lembranças boas que soubemos realizar, minha cunhada Madre Nina e eu. Desabei em lágrimas no ombro dela. Ela, como sempre o faz mãe dadivosa, amparou meus motivos, reergueu como estacas o meu dorso, meu moral. Fez-me de volta à serenidade, agora, tendo a minha emoção sob controle. Só então, eu percebi que estava em meio a um mar de gente. Todos com um sorriso estampado em seus rostos a me dizer: Bem-Vindo!
“Afaste-se dos maus amigos e procure os bons.” Dita um ensinamento budista.
Linda mesa de rica ceia.
Papo engatilhado com tantos sabores que quase a ceia em si, fora esquecida. Donzelas de linda conduta, beleza e acolhida rara, para um sessentão como eu, a mim me fizeram envaidecido, feliz e sorridente. Elas colaram em mim feito imã que, num indescritível sabor de vida pulsante, instigaram o meu rejuvenescer. Lindo momento! Hora do jantar. Saborosos pratos, tudo preparado com hábeis mãos de carinho e amor. Alimento que, não só, nutre, mas, também, abençoa e protege. Então, de bênçãos todo o ambiente se enche quando todos, sob a liderança, espiritualidade e intenção do meu compadre, promovemos uma cantata de orações, louvor e Graças. Em lágrimas cantei tão lindos versos...
Pulsava em todos nós uma energia renovada. Deu Meia-Noite, e os abraços de felicitação se multiplicaram. Era 2015 nos seus primeiros instantes. Chegou com a força determinada de ser diferente. Entre amigos, misturado ao caldo de amor autêntico e verdadeiro, perceptível no olhar, na voz, e na atitude daquelas tantas pessoas, fui eu incluso, presenteado, cocado, servido, cultuado e elevado à condição de bem quisto, patamar muito bom de experimentar: respeito, admiração e bem-querer tão fartamente percebidos naquele Lar aconchegante onde reina, como soberano, o amor ao Altíssimo.

Delta do Amazonas.