Na masmorra do encarceramento voluntário, não existe superlotação. Ao contrário, somos em minguado número! Quase ninguém se predispõe, de vontade própria, fazer como eu fiz:
De eu mesmo fui promotor e réu, juiz e condenado.
Na cela para a qual me conduzi para ser trancafiado, até mato cresce na sua porta de entrada, tal o abandono de alguém que pretenda, ali, se instalar.
Eu mesmo me denunciei!
Fui eu quem a mim mesmo julgou, condenou e me fiz aprisionado, naquela cela de esquecimento e abandono, repleta de mato.
E, qual seria o delito que justificou a condenação imputada?
Amar, desesperadamente, uma mulher linda, ariana como eu, quinze anos mais nova, de modos cultos e requintados, que foi, por seis anos, apaixonada por mim, mas, que nunca pode ser minha.
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