terça-feira, 14 de dezembro de 2010

SEDE DE PODER.




Os chineses navegaram pelo mundo, muito tempo antes dos europeus.
Com um vasto conhecimento de navegação marítima, navios imensos e capacidade organizacional admirável, com o qual poderiam, se quisessem, conquistar metade do globo, porque não o fizeram?
Por qual razão não se fala mandarim na maioria dos paises?
Resposta:
Os chineses não tinham fome de poder, tão pouco, cultura de colonização e domínio. Simples assim!
Assistindo a um documentário sobre equilíbrio ambiental, me chamou a atenção uma realidade percebida nos rios dos EUA.
A população de peixes nativos está sendo ameaçada de extinção pelas carpas (cabeçuda, prateada) bem como os peixes cabeça de cobra, consideradas invasores, já que são de origem oriental.
Devoradoras vorazes de plâncton, sua população se multiplicou a tal ponto que se pode pescá-las às centenas pelos rios norte americanos. Além de consumirem a principal fonte de alimento dos peixes nativos, as carpas e o cabeça de cobra que também são carnívoros, dizimam os filhotes das outras espécies impedindo-as de prosperar e como conseqüência, causando um desastre ambiental irreparável.
Trazendo esse modelo de invasão para a espécie humana, notamos que o mesmo se dá, quando ocorre a febre de dominação de uma raça por sobre a outra. A história da ascensão e declínio dos vários impérios corrobora minha afirmação.
Disse, certa vez, um cacique cherokee:

“Cada um luta por aquilo que vos falta”

Por qual motivo tem a raça branca européia, tanta sede de poder?

domingo, 5 de dezembro de 2010

O DIA EM QUE O CRAVO DECIDIU VIRAR ROSA




Alvoroçando toda natureza, foi uma noticia previsível, já que ninguém pode negar o que lhe é inerente.
Só que, o Cravo imaginou que podia.
Ensaiou durante séculos, e durante todo o período ensaísta, as reações eram as mesmas. Mas ele, a contragosto do que lhe demonstrava a maioria das flores de todas as espécies, no bojo das suas opiniões, quis assim fazer:
- D’agora em diante, não serei mais, um menino Cravo. Sou, daqui por diante, uma mocinha, sou Rosa!
Então, mesmo debaixo de tremendo espanto, outros resolveram que também podiam...
Lobo a se declarar Ovelha. Gerânio declarando-se Papoula. Luz se fazendo de treva. Lua impondo-se como sendo Sol. Onça a se dizer Leão. Água a se confessar ser areia. Tigre a enamorar-se de d’outro Tigre, etc...
Desnecessário dizer que a AÇÂO negadora dos códigos de conduta, conceitos e valores morais e éticos, sentiram-se agredidos, golpeados duramente na sua raiz.
Cresce em tal proporção tal levante que, alguém tem a idéia de organizar um desfile numa das avenidas mais famosas do vilarejo, próspero.
Assim foi feito!
Primeiro ano, segundo, terceiro...A cada nova edição, muito mais eram constatadas as novas adesões.
Hoje, já são milhões!
Imaginando serem fortes em número suficiente, os participantes da ala negadora das suas características primeiras, lançam-se no clamor por direitos. E, aí, passa a morar o conflito.
Se leis são criadas para defender e proteger as minorias, essas não poderão permitir que as maiorias (Cravo, Cravo. Rosa, Rosa. Luz, Luz. Tigre, Tigre...) sejam discriminadas pelo avesso. Quem deseja ser, por convicção absoluta, como fora criado originalmente, não pode ser punido por isso.
A julgar pelo andar da carruagem, era o que principiava acontecer!
O que fazer?
Para responder a essa questão, tão complexa, sábios, filósofos, governantes, sociólogos, operadores do direito e vários outros seguimentos da sociedade fauna e flora, representando toda a biodiversidade, debruçaram-se com empenho na busca de uma solução para o impasse.
Os debates se arrastam por longos períodos, anos a fio e, ao menos por enquanto, ninguém sabe o que fazer.

Bem melhor seria, ao meu ver, se possível fosse, a manutenção de tudo, exatamente como lhes foi atribuído pela sábia, Mãe Natureza.
Mas...

sábado, 4 de dezembro de 2010

EM CINCO ATOS.



I Ato

Ronda meu coração uma ebulição, velha conhecida.
Ouço aquilo que quer me dizer teu clamor inquieto.
Acaso tu não queres me levar a galope, noutra das tuas isolitas viagens, queres?
E o que importa a ti perguntar?
Sei que vais onde queres, quando queres e eu, de modo involuntário a ti, sigo obediente.
Ai de mim, escravo das vontades tuas, ai de mim...

II Ato.

Chove na minha Osasco.
Chove na minha vida.
Chuva dentro de mim pra lavar meu pranto.
Nas águas límpidas desse chover, de agora
Em banho intenso, lava, limpa
abranda o sal que mina das minhas lágrimas.
Escorre para o lago.
Quer fazer menor o meu sofrer.

Chove na minha Osasco
E cá dentro de mim, também.

Chuva pra destruir um encanto
Chove pra construir um bom tanto.
Chove pra confundir o meu canto
Silencia!
Chove a chuva, redenção.
Molha, encharca, rasga o meu chão.
Chove, chove sem parar, chove...
Leva pra longe na enxurrada, minha Nau.

III Ato.

Me fosse dado a escolher, não queria ser romântico, nada.
Ser homem de gelo, indiferente, alheio a tudo ao meu redor, quão mais fácil seria?
Só que esta escolha não me fora concedida.
Então, bebo as horas da minha espera aflita, pingas da ilusão, fantasia, disfarce, anestésico...
Em grande estilo, na taça de cristal puro que poderia ser uma caneca grosseira de lata, mas, que contivesse música líquida que ao descer garganta a baixo, me fizesse cantar e dançar por dentro estremecendo as minhas entranhas, catalisando na minha corrente sanguínea, alegria radiante e tudo só por amar e ser amado igual.

Mas, o outro (a), embora queiramos na condição de românticos, não é o paraíso.
Ele (a), ainda está, ainda vive confinado na sua própria clausura a querer descobrir-se a tempo de acreditar e apostar que amar e ser feliz é possível.

IV Ato.

Bebi todas as horas que eu podia.
Já não há nenhuma gota que possa ser sorvida.
Devo ir, agora!

V Ato.

Não sou um homem, tão pouco um escritor.

Enganei-me!

Sou música num corpo humano que escreve e canta melodias, a razão jubilosa de tantos corações. Faz tempo!
De tanto assim ser, temo ter como escasseado o meu maior talento:
Dar-me de mim aos outros o tempo inteiro. Pedaços da minha carne, melodiosas canções, ternas oferendas.
O que será de mim, caso inspiração entusiasmada me falte e a musica, que sou eu, silenciar?

Epílogo.

Já chamei de namorada, uma foto, esboço sutil de alguém a quem eu mal conhecia.
Hoje, chamo de minha namorada, um sonho de encantamento e beleza profusa. Uma jovem linda, mulher de um tanto mais de quarenta anos.

Quem é ela?

Fácil saber!

Basta prestar atenção na capacidade que ela tem do rasgar um sorriso largo no meu semblante sério, todos os dias do meu amanhecer em comunhão e harmonia, gratidão minha, por saber que eu a tenho cativa, nos confins do meu coração de homem, tão apaixonado.
Sê preferir, apure os seus ouvidos, ouça a canção de amor que os meus olhos cantam, sempre que diante de mim ela comparece. Ou até mesmo, note a múltipla difusão de matizes dos tons e cores que da minha inspiração emana e só por isso, escrevo.
Chamo de minha namorada, um Ser Humano esplendido, distinto, pinçado das tormentas, apartado das confusões por que delas nunca quis fazer parte integrante, nem ser misturada, nem ser confundida.
Não...
Em serena harmonia, baixou um decreto:

- Sou mansidão e calma.
- Sou a sua amada!

Menina adulta. Mãe, filha, irmã, amiga.
Amante fervorosa, MULHER...
Mescla dos melhores bocados das tantas delícias que só a vida em amor dum homem e uma mulher são capazes de produzir, compor, gerar e manter.
Meu mundo mágico. Minha alegria profunda, sem fim.
Poema delicado, feminino.
Melodia perfumada, sensual doce e terna...

Eis, minha namorada!


FIM.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ODE AO AMOR QUE MORA NO OESTE.



É sexta-feira, noite alta, magia e romantismo pairam no ar da minha Osasco.
Dois que tanto se amam, distam alguns quilômetros, um do outro.
O amor de ambos perfuma a atmosfera, tanto de lá, onde ela está, quanto o daqui, na minha, também, tão amada cidade.
Não queria distância tão grande.
Mas, ela é uma imposição cruel!
Não sabia ser eu, impedido do estender a minha mão para alcançá-la.
Lanço, então, o meu pensamento na direção oeste, onde ela vive contida em amor por mim.
Canções lindas cantam aqui por dentro! E, por ela pulsa harmonia melódica, tons afins. Sinfonia encantada...
Minha poesia musicada, euforia terna, só por ela.
Canto ao mesmo tempo em que lastimo a sua falta.
Longe, tão longe de mim, vida nossa, escorre no desperdício.
E agora?
Canto!
Choro!
Amo a mulher mais linda que eu pude em meus braços, um dia, ter.
Mas, ela está longe, muito longe, noutro lugar, no oeste.
E a sexta-feira da noite alta plena do romantismo e amor, escoa, escorre para virar outro dia.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ESCRITA DA FACE.



Amarfanhado, opaco.
Carga exagerada de preocupações.
Como uma máscara espessa, era a imagem quê se podia ver, até então.
Eu nunca soube do seu verdadeiro aspecto. Manifesto, seria aquele mesmo, sem tirar nem por um velho conhecido meu, há três anos?
Observador atento que sou percebia, no entanto, um destoar do semblante em relação à expressão dos olhos.
Havia ali, algo discrepante e eu, em silêncio, sempre quis alcançar compreensão do motivo que os fazia tão disformes.
Então, através do advento da “Fusão na Manhã”, minhas indagações foram totalmente contempladas. Respondidas a contento.
Aflora diante dos meus olhos, como que resultante de um passo de mágica, diferente, formoso, sereno e iluminado o rosto da minha amada...
Tão jovial tão lindo, harmônico. Escrita da face!
Era, agora, uma jovem radiante e muito bela.

E, uma carta de amor, também de gratidão, escrita só para mim, cujas palavras, embora mudas, ainda assim, eram muito claras...
- Eu amo você meu querido, precioso namorado, amante e amigo, Sérgio.

Foi assim!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

FUSÃO NA MANHÃ


Nada tem a ver com a homofobia, termo tão em voga nos dias de hoje, mas que é tão antigo quanto a existência humana na Terra.
É sim, o maravilhar-me com o mágico fascínio daquele belo corpo nu de mulher, sutilmente escondido por debaixo do vestido solto, incapaz de encobrir tão belo atributo.
Cultuado por um apaixonado amante. Aceso pelas carícias incessantes, corpo e alma em fusão inevitável, mergulham no ritual de canto e dança, absoluto êxtase, completo.
Fêmea que somente no reino das aves, não fora feita bela, magnífica na arte de seduzir.
Qual homem deixaria de reverenciá-la, reconhecê-la como extraordinária missionária, responsável pela geração de um novo ser?
Mulher, minha amada, a mim me enfeitiça, encanta e basta, posto que na sua dedicação de amor, arremate do mal acabado que fui, burila, poli e apronta a minha parcela generosa de felicidade. Só agora, sei ao certo, poder alcançá-la na plenitude.
Por ela e para ela, desejo dedicar os meus dias em gratidão incansável.
Sou atento nesse cuidado, zelo e apresso.
Sê toda a manhã se parecesse, ao menos um pouco, com a que vivemos, ela e eu, hoje, de que modo não dizer em alto brado:
Somos o casal mais feliz do mundo!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A TODOS OS MESTRES, COM CARINHO.

20 DE NOVEMBRO



Quis eu, compor um samba que tivesse como inspiração o 20 de Novembro.
Esforcei-me o quanto pude, mas o samba que eu compuz, não quis cantar.
E logo eu soube o porque da rebeldia da minha criação:

“A Escravidão”

“Os homens são escravos da vida, e a escravidão marca os seus dias de vileza e suas noites de sangue e lágrimas.
Sete mil anos já se passaram desde o meu nascimento, e até hoje nunca vi senão escravos...
Percorria as terras do Oriente ao Ocidente, e conheci a luz e a sombra da vida, e contemplei a procissão dos povos na sua marcha das grutas aos palácios, mas nunca vi senão pescoços curvados sob os jugos e braços acorrentados e joelhos dobrados perante os ídolos.
Acompanhei os homens da Babilônia a Paris e de Ninive a Nova Iorque, e vi os traços de suas cadeias impressos na areia, ao lado das marcas de seus passos, e ouvi os vales e as florestas repetirem o eco das lamentações das gerações e dos séculos.
Visitei palácios e instituições e templos, e aproximei-me de tronos e altares e tribunais, e não vi senão escravos: vi o operário escravo dos comerciantes, e o comerciante escravo do militar e o militar escravo do governante, e o governante escravo do rei e o rei escravo do sacerdote, e o sacerdote escravo dos ídolos – e o ídolo: um punhado de varro, modelado pelos demônios e erguido sobre um montículo de crânios.
Acompanhei as gerações , da margens do Ganges ao desembocar do Nilo, ao Monte Sinai, às praças públicas na Grécia, às igrejas de Roma, às ruas de Constantinopla, aos edifícios de Londres, e vi a escravidão caminhar em toda parte: ora, oferecem-lhe sacrifícios e chamam-lhe deus; e ora vertem vinho e perfumes aos seus pés e chamam-lhe rei; ou queimam incenso ante as suas estatuas e chamam-lhe profeta; ou prosternam-se perante elas e as chamam-lhe lei; ou lutam e se massacram por ela e chamam-lhe patriotismo; ou submetem-se passivamente a ela e chamam-lhe religião; ou incendeiam e demolem suas próprias moradas por sua causa e chamam-lhe fraternidade e igualdade ou labutam e lutam para conquistá-la e chamam-lhe dinheiro e comércio...Pois ela tem muitos nomes mas uma só essência...
Uma das suas variedades mais estranhas é a escravidão cega, que solda o presente dos homens ao passado de seus pais e submete suas almas as tradições de seu avós, fazendo deles corpos novos para espíritos velhos e túmulos pintados para esqueletos decompostos.
E há a escravidão muda, que prende o homem a uma esposa que ele detesta, e prende a mulher a um marido que ela odeia, rebaixando-os ao nível da sola do sapato da vida.
E já a escravidão surda, que obriga os indivíduos a seguir os gostos de seu meio e a tomar sua cor e a adotar sua modas até que se tornem como os ecos da voz e a sombra dos corpos...
Quando me cansei de contemplar as procissões, sentei-me no vale das sombras e vi uma sombra magricela que caminha sozinha rumo ao sol. Perguntei-lhe:
- Quem és tu?
- Eu sou a Liberdade.
- E onde estão teus filhos?
- O primeiro morreu crucificado, o segundo morreu louco, e o terceiro ainda não nasceu..”

Gibran Khalil Gibran.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A CANÇÃO DO AMOR


Um poeta, certa vez, escreveu uma canção de amor, e esta era bela. E ele tirou muitas cópias e as enviou aos seus amigos e conhecidos, homens e mulheres, e até a uma jovem com quem só se havia encontrado uma vez, e que vivia além das montanhas.
E, em um dia ou dois, veio um mensageiro da jovem trazendo uma carta. E a carta dizia: “Deixa-me dizer-te, estou profundamente comovida pela bela canção de amor que escreveste para mim. Vem logo, fala com meu pai e minha mãe, e trataremos dos preparativos para as bodas.”
E o poeta respondeu a carta dizendo à moça: “Minha amiga, isso não era se não uma canção de amor saída do coração de um poeta, cantada por qualquer homem para qualquer mulher.”
E ela escreveu-lhe novamente dizendo: “Hipócrita e mentiroso em palavras. De hoje até o dia do meu enterro, odiarei todos os poetas por sua causa."

Gibran Khalil Gibran.

sábado, 23 de outubro de 2010

ÁGUA, PODE MAIS!





Água de SERRA abaixo, fogo de SERRA acima.
Mulher quando quer vencer ninguém segura!
Água, feminina decidida, eficiente no combate ao fogo, masculino destruidor, voraz e corrosivo.
Amansa fúria em chamas. Aquieta seu ímpeto demolidor.
Contra a água mulher, nada pode, você.
Torna às suas funções de queimar, arder e aquecer, mas, lá para as bandas do DEM, nas forjas da produção da boa espada, geração de emprego, nos fogões de produzir alimento e não nas florestas ricas em biodiversidade, riquezas do solo da Nação, fauna e flora onde as araras azuis, mico leão dourado, peixes, flores exóticas, jacarandás, palmeiras, pau Brasil, imbuias, plantas medicinais, minhoca, pica-pau, canários, abelhas de mel e até TUCANOS são preservados a qualquer custo, pois, é assim que deve ser.
Recolhe, repensa, muda a sua direção fogo masculino.
As fogueiras da Inquisição não podem mais queimar “pau” das nossas matas verdejantes, nossos avanços, nossas conquistas. Muda ou serás pra todo sempre, extinto.

Chega!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

POIS É!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SETENTA CONTRA SEIS





Aconteceu na minha Osasco!

Seis agentes do Demutran de Osasco, receberam trinta ligações da população, solicitando providências. No pleno exercício da autoridade que lhes é outorga, estavam eles cumprindo com suas obrigações quando os infratores resolveram, na base da truculência e do abuso, além, da falta absoluta de respeito à Lei, partir para a violência.
Setenta elementos que participavam de uma festa em comemoração a reeleição de um deputado tucano, decidiram que o espaço era deles, o poder de magistrado, também e numa atitude covarde, absurda, inadmissível arrebentaram a socos e pontapés tanto os agentes quanto as viaturas com seus equipamentos.
Se for este o tipo de bicho que quer governar o meu país, eu prefiro lhes dar um NÂO retumbante, meu repúdio, minha indignação.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

SERRA DA MATA ESCURA.





Lobos em pele de cordeiro. Guardiões da velha política dos coronéis adeptos da permanência no cargo pra todo sempre e que não largam o mamar eterno na teta farta. Velhas raposas astutas, dissimuladas, perigosas...mas, descuidadas quando deixam de perceber que o olhar, o semblante, o sorriso forçado e a expressão do rosto falam muito mais do que a sua oratória rebuscada tão carregada na tinta do iludir.
Estúpidos, grosseiros, de hábitos regionalistas viciados, tapa olho na direção do mais pobres.
Não se governa um país com queijo, xingamentos, fusca, truculência, pizza, arrogância ou acarajé.
O mundo mudou! O Brasil mudou! Só vocês se recusam a mudar porque não sabem fazer nada diferente daquilo que sempre fizeram: Enganar, discursar, falar, falar sem cumprir nada do que pregam aos quatro ventos.
Não se conquista vitória eleitoral com falácias, cinismo, mentiras ou ódio. Tão pouco com telefonemas de conchavo.

Vai Brasil de milhões, tanta gente. Fuja dessa armadilha sinistra. É um engodo o que te espera, lá!
A Serra da Mata Escura oferece muitos perigos! Vai longe o tempo em que éramos reféns desse exílio forçado onde a fome, os pés descalços e o relento, eram a nossa sina, pela imposição da má gestão da coisa pública. Fortunas em dinheiro vivo despejadas nos bueiros da corrupção, do descalabro e do mal caráter.
Na clareira do presente é sua missão galgar o topo desse cume que há 510 anos vens escalando passo a passo e que nem as rasteiras da negligência, as tempestades do abandono e a escuridão nefasta dos escândalos, roubos e falcatruas o impedirá de lá, chegar.
Faz sol radiante, agora, para, a ti guiar-te em segurança.

É tempo maduro!


Vá!

sábado, 2 de outubro de 2010

EDUCAÇÃO MUSICAL NA INFÂNCIA



Quem me dera tivesse eu, a mesma oportunidade.
Quem me dera.

SUPIMPA!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DEBATE NA TV.






Realizado com regras absurdas de limitação de tempo eis que se encerram os debates dos candidatos do pleito de 2010.
Sob a minha óptica, não está mais valendo a pena perder horas na frente da TV para assisti-los, pois, tudo não passa de um teatro, jogo de cartas marcadas, brincadeira de mau gosto.
Em sendo o futuro do país algo tão importante e para mim é, porque não se dá aos debates a sua verdadeira expressão como ferramenta primordial para o preparo do eleitor?
Essa coisa de fazer do evento uma passarela para o desfile das vaidades das emissoras de TV e os seus moderadores que mais se parecem com vedetes em espetáculo do teatro de revista, já cansou.
Penso que o país é mais importante!
Penso que o formato deve valorizar, enfatizar, enaltecer essa importância, dando tempo para que os candidatos, de fato, possam fazer suas explanações, exposições e motivos de um modo muito mais amplo, fazendo-os livre dessa mordaça covarde e tendenciosa do tempo esgotado, nitidamente praticado com rigor para uns e nem tanto para outros.
Uma vergonha!
Ainda assim, com limitações e vícios inadmissíveis, o pouco que se pode notar entre os candidatos é que eles não são diferentes uns dos outros. São complementares, posto que, o que falta em um o outro apresenta como sobra. Portanto, já é tempo dessa coisa patética chamada de debate ser reformada profundamente para que o espetáculo da democracia não seja mutilado, reprimido ou cerceado por regras rígidas de interesses contrários aos da Nação, pois, nenhum candidato pode dizer quase nada daquilo que gostaria ou precisava, dizer e isso é ruim para nós que precisamos saber deles a que vieram.
Observei com cuidado Marina, Dilma e Plínio serem aplaudidos e o silêncio para Serra.
Significativo!
Gostei da desenvoltura da Marina com a qual eu concordo literalmente quando diz que o Brasil precisa de um planejamento amplo e abrangente para o futuro. Já chega de políticas de bombeiros. Gostei do semblante, do olhar da Dilma ao final do debate, um olhar que disse muito mais do que todos os discursos que fez. Lembrando que ela é uma lutadora contra um câncer.



“Tentei não fazer nada na vida que envergonhasse a criança que fui”.

José Saramago.

(Metadinha, licença) brincadeira que fazia repartir com o outro, tudo aquilo que tínhamos como alimento. A mistura de raças. O respeito às meninas, aos mais velhos, aos professores, à Instituição Presidente da República. Civismo, honestidade, civilidade, amor à Pátria, para ficar nalguns exemplos.
Sê a criança que fui ainda vive em mim, porque divergir tão radicalmente dela? Porque o indivíduo cresce, fica “besta” e passa por cima de princípios tão valiosos?
Eu não entendo!

Será que essa doença de ter “vergonha de ser honesto”, generoso, gentil, manso, pega?

Conheço pessoas, homens e mulheres que cresceram comigo, mas que ao se tornarem adultos e prósperos, (assim ou assado), viraram bicho vorazes, gananciosos, preconceituosos, desonestos e cruéis. Egoístas, estão ricos de bens materiais, mas paupérrimos de espiritualidade, ainda que alguns ostentem a patente de religiosos.
Que coisa triste!

Tinha amigos que me chamavam de irmão negro deles, só que hoje, fingem que não me conhecessem quando nos encontramos em algum evento importante.
Então, eu pergunto:
Será que eu perdi um amigo ou ganhei outra amostra da pequenez humana?

Diz o budismo:

“O ramo de trigo, quanto mais cresce, mais se verga”.

Essas pessoas, lamentavelmente, optaram pelo caminho inverso.

domingo, 26 de setembro de 2010

sábado, 18 de setembro de 2010

INQUISIÇÃO.



Está na moda questionar a índole do outro, verdadeiro Tribunal de Inquisição em pleno século XXI.
Pessoas, aparentemente, doces, cultas, inteligentes e ternas, mostrando o seu outro lado de fúria, intolerância, ira, preconceito e pré-julgamento, do outro.
Ai desses candidatos a cargos políticos, por exemplo. Quanta carga de ódio despejada sem misericórdia, sobre eles.

Ai, ai...

Será que tanto ódio faz bem para alguém, seja para quem odeia ou é odiado?

Estou certo de que não!

Por isso, prefiro tomar o meu violão que estava empoeirando ali no canto e cantarolar as cantigas meigas, simples, serenas da minha predileção.
Não creio que me omito dos problemas do meu país ou do mundo cantando amor.
Muito pelo contrário.

“Quem canta seus males, espanta”

Gandhi operou uma Revolução na Sociedade Humana, sem derramar uma gota de sangue, ódio ou violência contra quem quer que seja.
Só por isso foi respeitado e seguido por multidões.

Pé de Amor. Pede Amor.

Sê somos tão diferentes daqueles sobre os quais, com a nossa mão de ferro queremos julgar e punir tão severamente, pra que odiá-los?
Não se opera mudanças apenas pela imposição da força bruta, estupida reedição daquilo que nunca deu certo.
Um violão, uma bola de futebol, uma flor, uma caneta, um olhar, um silêncio podem muito mais.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

LEVANDO A DIANTE

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CRISTINA MELO



Agora sua vida, fundiu-se com a do UNIVERSO.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

TEU AMOR.





Tu te ergues à leste da minha vida pondo um fim, definitivo, nas noites que se estendiam no espaço em demasia.
Tu és o clarão da Alvorada, manhã de LUZ, beleza, canto melodioso suave por tudo que já representa,

Teu amor.

Quão forte é o novo modo da tua escrita, na forma e no conteúdo.
Arrancas dos confins de ti a nova MULHER dos múltiplos atributos e dos tantos encantos.
Livre, apaixonada, solta...
Identificando-te com tua essência que, por todo tempo, aí sempre esteve.
Salta aos olhos de quem quiser ver, que és radiante, feliz e entusiasmada.
Vá, pois então, amor meu!
Inspirada, saltitante e muito mais linda em busca daquilo que a ti fora reservado pelos sábios do Alto.
Quinhões generosos, perfeitos!
Tua vez de em bem-aventurada conquista, viver.

Eu?

Com olhos reluzentes de tanto me maravilhar, dou de frente para o leste e lá, vejo a ti.
Renascendo em LUZ, mágica energia.
Clarão que me aquece, me ilumina e acolhe.

TEU AMOR

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

LENÇO VELHO

Um lenço velho transformado em estandarte de afeto e carinho.

Chovia muito no entardecer daquele dia. Era o final de um encontro entre amigos.
Aniversário de uma Fada.
Uma carona me fora oferecida até uma estação de metro que me pusesse de volta para a minha Osasco.
Eu, sem titubear, aceitei de bom grado.
Éramos três dentro do veículo. Duas amadas amigas uma delas ao volante, sentia dificuldades para enxergar o caminho, pois os vidros do carro estavam completamente embaçados.
Então, eu tive uma ideia para solucionar aquele inconveniente.
Pedi um cigarro para uma delas já que eu sabia que ambas fumam, pequei o meu velho lenço e colocando o cigarro entre o para brisas e o lenço esfregue-o por toda a extensão da sua superfície.
Deu certo! Sabia que daria!
Agora, tudo estava nítido, muito nítido.
A motorista, muito grata além de surpresa, se ofereceu para lavar o meu lenço e devolvê-lo a mim, somente quando ele estivesse limpo.
Que assim seja feito!
Dias depois, quando nos encontramos noutra ocasião, lá estava o meu lenço limpo, passado e com um delicioso perfume de mulher.
Era o cheiro dela! Cheiro que transformou aquele velho lenço num estandarte de afeto, carinho e amor generoso, delicado e muito bem-vindo.

FOI ASSIM


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

J U S T I Ç A

sexta-feira, 30 de julho de 2010

LI, GOSTEI E DOU DE GRAÇA.

A obesidade mental - Andrew Oitke

Por João César das Neves - 26 de Fev 2010



O prof. Andrew Oitke publicou o seu polêmico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.

«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»

Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgeres do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»

O problema central está na família e na escola.

«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»

Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado "Os abutres", afirma:

«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou, há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante.

«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.

«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».

As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»
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"Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar as minhas opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender" Alexandre Herculano

terça-feira, 20 de julho de 2010

A ERA DE AQUÁRIO.

Um Livro de Anibal Vaz de Melo, importantíssmo para quem deseja compreender em que época estamos vivendo desde o dia 12/02/2009.
Seu conteúdo é tão rico e esclarecedor que uma multidão o está descobrindo, tanto que, se pode econcontrá-lo em sebos, com seu preço variando desde ínfimos R$ 8,00 até a astronômica quantia de R$ 690,00 dada sua fundamental importância.

Eu recomendo!

domingo, 18 de julho de 2010

OS DEZ ESTADOS DA VIDA.

Os Dez Estados (Jikkai) indicam os dez estados que uma única entidade de vida manifesta com o passar do tempo. O fator principal na condição essencial dos Dez Estados é a sensação subjetiva experimentada pelo “eu” nas profundezas da vida.

1. Estado de Inferno (Jigoku): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda”, Nitiren Daishonin diz: “A raiva é o estado de Inferno.”(The Major Writings of Nichiren Daishonin [MW], vol. 1, pág. 52.) Essa é uma condição em que a pessoa, dominada pelo impulso da raiva, é levada a destruir e criar a ruína para si e para os outros. Resumindo, esse estado é representado pelo sofrimento e desespero extremos.

2. Estado de Fome (Gaki): Consta na mesma escritura: “A ganância é o estado de Fome.” Essa condição é dominada por desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, os quais nunca são realmente satisfeitos.

3. Estado de Animalidade (Tikusho): Essa escritura diz ainda: “A insensatez é o estado de Animalidade.” Nesse estado, segue-se a força dos desejos e dos instintos, sem ter sabedoria para controlar a si próprio.

4. Estado de Ira (Shura): “A maldade é o estado de Ira.” Estando consciente de seu próprio “eu” mas sendo egoísta, a pessoa não consegue compreender as coisas como são exatamente e menospreza e viola a dignidade dos outros.

5. Estado de Tranqüilidade (Nin): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda” consta: “A serenidade é o estado de Tranqüilidade.” Esse é o estado em que se consegue controlar temporariamente os próprios desejos e impulsos fazendo uso da razão, levando uma vida pacífica em harmonia com o meio ambiente e com as outras pessoas.

6. Estado de Alegria (Ten): “A felicidade é o mundo da Alegria.” É uma condição de contentamento e alegria sentidos quando a pessoa se liberta do sofrimento ou satisfaz algum desejo.

7. Estado de Erudição (Shomon): Os seis estados, do Inferno à Alegria, são manifestados por meio de impulsos ou desejos, mas são totalmente controlados pelas restrições impostas pelo ambiente e são também extremamente vulneráveis às circunstâncias instáveis. Por outro lado, o estado de Erudição é uma condição experimentada quando se empenha para conquistar um estado de contentamento e de estabilidade duradouro por meio da auto-reforma e do desenvolvimento. De forma concreta, Shomon é o estado no qual a pessoa dedica-se a criar uma vida melhor pelo aprendizado das idéias, conhecimento e experiências dos predecessores e contemporâneos.

8. Estado de Absorção (Engaku): Esta condição é semelhante ao estado de Erudição, uma vez que ambos indicam o empenho para a auto-reforma4. No entanto, o que distingue o estado de Aborção do estado de Erudição é que em vez de tentar aprender das realizações dos predecessores, tenta-se aprender o caminho para a auto-reforma por meio da observação direta dos fenômenos.

9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu): Estado de compaixão em que um indivíduo devota-se à felicidade dos outros mesmo que tenha de fazer sacrifícios. As pessoas dos estados de Erudição e Absorção tendem a carecer de compaixão, chegando a extremos na busca de sua própria perfeição. Em contraste, um bodhisattva descobre que o caminho para a auto-perfeição encontra-se unicamente no ato de compaixão — de salvar as outras pessoas do sofrimento.

10. Estado de Buda (Butsu): Essa condição é alcançada quando se obtém a sabedoria para compreender a realidade máxima da própria vida, a infinita compaixão para direcionar constantemente as atividades para objetivos benevolentes, o eu eterno perfeito e a total pureza da vida que nada pode corromper. O estado de Buda é o estado ideal que pode ser atingido por meio da prática budista. Já que nenhum estado de vida é estático, não se pode considerar o estado de Buda como um objetivo final; ao contrário, essa é uma condição experimentada nas profundezas do próprio ser ao se empenhar continuamente com benevolência na vida diária. Em outras palavras, o estado de Buda aparece na vida diária como as ações de um bodhisattva — boas ações ou atos benevolentes

"ESTÃO VERDES, NÃO PRESTAM...

“Estão verdes, não prestam. Só cães os poderá tragar.”

Máxima de quem sente inveja.
Quem mata, esquarteja, desossa e lança aos cães é um invejoso, não ciumento.
Queria ele, ser tão bonito e sedutor quanto é o outro.
Dinheiro, fama, badalação, não bastam se não possui o que mais queria: Beleza externa e interna. Encantamento, magnetismo, poder de sedução.
Sua vítima, no entanto, não pode ser isentada de culpa pelo o que lhe foi imposto como punição. Homens, não desafiam outros homens porque sabem que tal acinte não gera boa coisa.
Então, porque o fazem certas mulheres?
Igualdade pressupõe-se agir igual.
A Lei Maria da Penha não é um escudo invencível, ao contrario, pode ser faca de dois gumes.
O bom senso cabe em todo lugar. Limites devem ser respeitados o tempo todo.
A estupidez inconsequente é caminho curto para a venda da alma, venda na visão da sabedoria humana, do amor, do respeito e então, se dá o mergulho na escuridão fundamental da vida.
É assim que monstros travestidos de Seres Humanos emporcalham todas as suas existências, pra todo o sempre.

sábado, 17 de julho de 2010

A FORÇA DO CANTO.




Nazim, acusado de querer sublevar a Marinha turca, foi condenado a todas as penas do inferno. O julgamento se deu num navio de guerra. Contaram-me como fizeram andar até a exaustão pela ponte do navio metendo-o depois no lugar das latrinas, onde os excrementos se acumulavam até meio metro acima do chão. Esse meu irmão poeta sentiu-se desfalecer. A pestilência o fazia cambalear. Pensou então: “Os verdugos estão me observando de algum ponto, querem me ver cair, querem minha desgraça.” Com altivez suas forças ressurgiram. COMEÇOU A CANTAR, primeiro em voz baixa, depois em voz mais alta, com toda a sua força no final. CANTOU todas as canções , todos os versos de amor de que se lembrava, seus próprios poemas, as romanças dos camponeses, os hinos de luta de seu povo. CANTOU tudo que sabia. Assim triunfou sobre a imundície e sobre o martírio. Quando me contava essas coisas eu lhe disse:

- Meu irmão, você CANTOU por todos nós. Já não precisamos ter duvida nem pensar no que faremos. Já sabemos todos quando devemos começar a CANTAR.

(Extraído de Confesso que vivi – Pablo Neruda)

ATO DE AMOR COMPARTILHADO



Durante o tempo que durou, era notória a sensação de êxtase pleno.
Estaria eu, adormecido?
Vivia mais um dos meus devaneios?

Sei lá!
O que vale evidenciar são as delícias que experimentamos, nós dois!
Estava diante de mim linda, apaixonada a exalar fragrâncias, que de tão agradáveis, se comparavam a flores raras, exóticas, dessas que inebriam as abelhas polinizadoras.
Semelhante foi minha atitude, quando excitado, decidi tocá-la com meiga paciência, doce ternura, farta delicadeza, por me parecer que este era o modo correto, ideal do tocar algo tão delicado, encantador e frágil.
Noto, por conseguinte, que a minha flor mística (minha amada) reage em aceitação plena, em face de minha investida.
A cada instante, maior afinação. Entendimento, ampla harmonia em vibração melódica. Sons duma freqüência altíssima, imperceptível aos ouvidos, mas, facilmente audível ao cérebro de dois que se amam e que fazem do desejo, um instrumento a mais...
Selo das nossas convicções mais íntimas. Compartilhar de prazer da carne, formas, cheiros, movimentos, febre e fome.
Confraternização de espíritos entusiasmados, simpáticos, irmanados em amor trazidos à presença de ambos e de um para o outro.
Não havia pressa!
Não havia egoísmo!
Ausência de agressividade, atropelos, equívocos, brutalidade.
Trégua ao misantropo, posto que agora, somos dois!
Em meio ao bailado das tantas carícias infindáveis, minha flor produz seu néctar numa quantidade admirável, ato da mais pura generosidade.
Quer retribuir à altura todo o bem-estar que vivencia.
E, vou eu a sorvê-lo mais e mais, por avidez minha, veneração delirante.
Todo o resto tem que esperar!
Ninguém vai ao cume de uma montanha elevada sem escalar suas encostas com o devido cuidado, respeito e sensibilidade.
Não há louros para aqueles que “ficam o seu mastro” seja no topo ou a meio caminho, descendo de pára-quedas ou semeando a destruição impudica, afobada, selvagem durante a sua escalada. O cume da montanha é conquista sagrado!
O corpo de uma mulher não é desprovido da sua essência enquanto ser pensante.
Há nele uma pessoa, um indivíduo.
Não os podemos saquear! Ser desastrado na sua investida o torna inapto para as outras tentativas.
Não à toa essa sabatina tem reprovado tantos homens.
Pois bem! Em meio a tantos bocados, envolto em tantas delícias, juntos, felizes fizemos o nosso advento.
Que viagem fantástica!
Pausa para um merecido descanso!


FOI ASSIM!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

VONTADE DE IR.



Faz silêncio em meu interior.
Mudez que aguça a minha audição, como quem deseja compensar a perda, momentânea de um dos meus sentidos.
Quieto, percebo o calor duma lágrima a escorrer pelo meu rosto.
Sereno, alcanço a amplitude do instante em que o meu corpo desconsidera o seu peso de massa corpórea e então, flutua.
Deixo estar e vou nesse mergulho no oceano das emoções melhores de sentir.
Sem amarras, preconceitos, âncoras...
Velas ao vento, lá vou eu, lá vou eu.
Sopro da boa música, na proa da minha nau que desliza sobre as ondas de sons celestiais de contágio instantaneo.
Sou tripulante feliz, leve, encantado.
Lá vou eu, lá vou eu.
Faz frio na minha Osasco, muito frio.
Não obstante, me vi despido das minhas vestes, descalço e pronto para uma jornada estelar.
Não senti medo.
Simplesmente, acreditei que podia e então, fui.
O cometa que a mim conduz por entre as estrelas, galáxias distantes não era um cavalo baio mas, noto que poderia ter sido um alazão, "cujo o nome é raio de luar", porque não?
Minha vontade é minha asa. É ela quem me leva longe.
Minha mente o meu transporte.
Vou e volto em segurança
Hoje, preciso desbravar o desconhecido, derrubar fronteiras, ir, ir...sem me cansar de seguir até onde quiser me levar a minha coragem.
Sê o meu cometa, que sempre me traz de volta, errar o caminho, portanto, nunca mais me fazer devolvido prometo que direi de vocês a quem eu encontrar lá por onde eu for.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

CASAL OU DUPLA?



Casal, segundo o dicionário, é a união de macho e fêmea ou marido e mulher.
Por qual motivo, então, a dupla homossexual está sendo chamada de casal?
Será que até nesse conceito teremos que mexer para não ferir melindres?
Será que a imposição agressiva, exagerada de um casamento homossexual, (masculino ou feminino) onde a dupla comparece à cerimônia, sendo um vestido de homem outro de noiva constitui um bom exemplo para a juventude?
Onde se pretende chegar com essas pedradas, verdadeiras tiras de fígado cru, socadas goela abaixo da gente?
Penso que pra tudo deve haver um limite!

terça-feira, 13 de julho de 2010

SEM COMENTÁRIO!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

FICHA LIMPA



É incrível como a classe política zomba da população como se fossemos todos, um bando de idiotas acefálicos.
O “Ficha limpa” não passa de um sonho utópico, já que eu não me lembro de ter visto no pós revolução militar de 1964, um único nome dígno de ser chamado de ficha limpa, por que eu entendo como alguém merecedor dessa honrosa patente quem não suborna, não rouba, não mata, não corrompe, não trafica, não comete eeextorção, não faz parte de gang, grupo ou turma de espertalhões metidos a donos do terreiro.
Então eu pergunto:
Qual desses que aí estão tem ficha limpa?

Dizem os sábios que“as pessoas adquirem o aspécto do ensino que abraçam.”

A julgar pelo que nos diz a citação, podemos entender o porquê do encontrarmos nas fisionomias dos nossos senadores, deputados, vereadores, ministros, etc, uma gama muito diversa das múltiplas caras que têm.
Uns mais se parecem com porcos castrados, outros com gangster, outros com cafajestes e por aí vai.
Está tudo descrito nas suas faces, como uma impressão digital.

Indole má!

Sinceramente, posso até entender a intenção do Projeto Ficha Limpa, só que não quero nem vou me iludir, pois ele só prestaria para alguma coisa, caso tivesse o poder de expurgar, extinguir, banir toda essa corja que lá se instalou há décadas e que não tem quem os faça largar a teta nem quando morrem, pois, seus bens, herdados por seus filhos, netos, bisnetos, jamais será tocado, recuperado, resgatado pelos mortais comuns, ou seja nós, pobres contribuintes tão roubados, enganados, traídos e explorados sem nenhuma misericórdia desde sempre.

domingo, 11 de abril de 2010

CORPO CASA




Não é somente o meu abrigo. É muito mais!
Lindo, amplo, suave, sereno na maior parte do tempo, mas um vulcão de calor e desejo quando atiçado por mim, meus carinhos, veneração, meu toque.
Passear por ele a deleitar-me nas suas curvas bem delineadas, saboreando o perfume natural que exala, faz-me enfeitiçado, mas, por amor. Brinco quão criança crescida a saltitar euforico pelos cômodos diversos dos segredos que guarda.
Não há pichações nas suas paredes, nenhuma.
Tanto me agrada! Tão pouco desagradável presença das decorações de mau gosto, nem objetos nem cores.
Tudo nele é harmônico, bem cuidado, simpático e mais ainda, quando a mim me recebe entregue na sua totalidade, só para mim.
Meu Templo Sagrado. Minha maior devoção. Minha Mulher. Mente, Físico. Minha Amada.
Seu corpo, casa limpa, aconchegante, segura, amistosa, minha...

domingo, 28 de março de 2010

EM ORAÇÃO



Imagens que falam por si só.

quarta-feira, 17 de março de 2010

SEGREDOS DA DANÇA.




Como eu já declarei em outras ocasiões, muitas vezes as pessoas me vêem como se fosse um “ET”, justamente por causa de alguns modos meus.
Por ser acanhado, tímido eu não consigo dançar qualquer música, nem tirar qualquer dama. Imagino que não seja um “arroz de festa”.
Admiro muitos dos meus parentes que dançam todo tipo de música. Basta tocar e eles já saem dançando.
Fico bobo de ver os torcedores no estádio de futebol que pulam e gritam o tempo inteiro.
Me espanto com os foliões que nas ruas ou nos bailes de Carnaval, brincam, pulam, dançam sem parar.
Eu não faço nada disso! Não sou assim!
Para mim dançar é um momento mágico de prazer, onde uma bela canção, uma dama com a qual nos afinamos mesmo sendo só uma amiga, tem que estar conjugados, harmônicos.
Há quem diga que a dança é um tipo de relação sexual.
Interessante. Uma cunhada minha, apreciadora da boa dança, acostumada a freqüentar bailes desde a sua mocidade, tinha nessa época o seu par predileto, justamente porque ele era um rapaz bem vestido, cheiroso e ótimo dançarino.
O seu namorado, no entanto, meu irmão mais velho, sempre foi um péssimo par na dança, mas, foi com ele que ela se casou, fizeram Bodas de Ouro. Não é incrível?
Outra coisa: Os russos afirmam que o bom par na dança é aquele que sabe dançar tanto para frente, quanto para trás. Dançar bem, segundo eles, não é só sacudir o corpo, muitas vezes, até fora do ritmo da musica. É necessário envolver-se, sentir leveza e satisfação.
Tudo que estiver na contramão dessas regras não poderá ser considerada boa dança.
Quando casado eu tinha muita dificuldade de dançar com a minha mulher, e olha que ela dançava muito bem com outros pares ou sozinha, mas comigo, sempre tentava adivinhar o próximo passo e isso para um cavalheiro é o caos. Nós precisamos ter nos braços uma dama solta que aceita passivamente, ir pra onde nós a conduzimos. Sem adivinhações, corpo duro ou pisada no pé.
Não é tão difícil assim!

Bem, mas essa é só a minha opinião.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O AMOR REAL



O amor real não existe quando duas pessoas estão grudadas, somente poderá ser estabelecido entre duas fortes pessoas que estão seguras de sua individualidade. Caso queira um verdadeiro amor, é fundamental desenvolver uma forte auto-identidade em primeiro lugar. O amor verdadeiro não está no ato de fingirmos ser o que na verdade não somos. O amor ideal é somente criado entre duas pessoas sinceras, maduras e independentes."
DAISAKU IKEDA

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

BOLERO SEM PAR, NÃO DANÇA.




Um bolero, uma bela canção, noite alta...
Aquela dama dentro do vestido longo, elegante sobre o salto alto, parece querer dançar, mas, ninguém a tirou, ainda.
Estariam os cavalheiros dessa festa acanhados, retraídos diante de tanta beleza?
Há inconveniente em ser tão cativante, bela e sedutora, ou será que o seu par ideal, não está ali, não veio?
Que mal pode haver num convite para dançar?
Fim da canção e nada acontece. Outras tantas, principiam e findam sem que nada aconteça. Nada engloba tão amplo significado que faz esbarrar na impressão de que, nada, também é algo acontecendo:
Meu notar!
Há uma linda dama bem ali, enfeitando e perfumando o salão inteiro, mas, que está afugentando os cavalheiros que não ousam aproximarem-se dela.
Medo?
O que tememos, inclusive, eu?
Por qual motivo tantas canções convidativas já aconteceram e a mais bela dama da festa, mesmo estando sozinha, ainda não dançou uma única vez?
Ninguém teve coragem o suficiente.
Ninguém, nem mesmo eu!

Fim do baile!

Quantos bailes iguais a esse a vida já nos ofereceu e nós ficamos, apenas, na vontade de dançar porque nos faltou coragem, iniciativa, olhar o outro como igual?
Como homem, critico homens que dançam com o dominó, com o baralho, como o futebol com a academia para ficar "bombado", com o balcão, cerveja, pinga, etc. vida desperdiçada.
Culto da sua barriga enorme, que a ela chamam de: "calo sexual"
Que horror!
Tempo precioso atirado ao boeiro, desperdiço de oportunidade. Talvez, o germe de um novo amor, consumido para nunca mais voltar.
Mas, as mulheres (lindas damas dentro do seu longo vestido, em cima do salto alto) olham de cima para baixo, como superiores, como inatingíveis fazendo com que, nem o seu cheiro bom, nem a sua beleza arrebatante, sejam suficientes para enfeitiçar, seduzir e conquistar o seu par.

Então, nada acontece!

Delta do Amazonas.

EIXO, IMPRESSÕES DE MIM MESMO.




Quem foi que eu deixei nas memórias de quem tanto me amou?
Não sou eu!
Aquele é um arremedo de mim!
Eu não sou passado. Sou o agora!
Quem está lá, pouco de mim possui.
Não sou eu. Sei que não sou!

Eu sou presente!
Outro, tão diferente daquele que lá, repousa, dista de mim, apartado...

Antes, não era você comigo. Quem eu imaginei que tinha, era mera promessa, certeza do ir embora.
Um sonho fugaz.
Passou!

Antes, me desfazia em lágrimas do desencanto.
Hoje, trago meu peito em júbilo constatado.
Presente.

Quem está lá, nas lembranças de quem tanto me amou?
Não sou eu! Porque sei que sou aqui, agora e não lá.

Quem tanto me amou, um dia, amou uma fantasia mutante por querer ser realidade, essência do eu de agora, tão diferente!

Daquele, quão pouco restou.
Poeira, quase, nada e nada é inconsistente, não palpável, assim como é meu sonho maior, liberdade.

ESPIRITO DA FÉ





“A fé conduzida pela idolatria ou pelo fanatismo
exclui o raciocínio e faz com que o homem tema ao seu Deus ao invés de amá-lo em espírito e em verdade, isto é, com o pensamento e a razão e não através da estatuária mais ou menos grosseiro do barro, da madeira ou do ouro que podem deslumbrar a vista dos simples e dos desavisados, mas que ferem paradoxalmente a harmonia dos seres, quebrando a linha reta e o ritmo de arte, de perfeição, equilíbrio e de beleza, mesmo que para sugestionar-se admitam adolescentes com asas e corações fora do peito. Chega-se a Deus ou se distancia dele pelo pensamento ou pela ação. A prece não carece de intermediário. Ela atinge ao infinito antes mesmo que os lábios articulem uma só palavra...


A prece é o banho do espírito, higieniza-o, estimula-o, vence fadigas. O hábito da prece produz corações limpos. A melhor prece é aquela que, na comoção do momento, os próprios lábios emudecem. O pensamento é como o ouro no estado nativo: a palavra é liga de metal que conquanto indispensável o torna menos precioso.
Deus compreende na eloqüência dos silenciosos o que de mais sutil paira em nosso pensamento, contribuindo um ideal ou acalentando a uma esperança.
Dá às Tuas criaturas no amor, a felicidade plena da confiança e da amizade aos que não crêem em Ti e por isso tem o coração aflito, ampara-os e renova-os com a sedução da Tua divina luz. O reino do amor é o Teu reino.
Só crê o que ama; só ama o que em verdade se inflama ao onipresente calor da Tua realeza.
Dá que sejamos em Ti livres de pensar, limpos de coração, simples, leais e honestos. Que a tua generosidade nos alcance e ampare em todos os caminhos da nossa vida, desde o sorriso casto dos que nascem até o ultimo alento da vida do que se extingue. Que a Tua luz espante as trevas do desespero e da descrença e que a tempestade de ódio e de vingança que envolve o mundo para dividi-lo e ensangüentá-lo, se transforme num dia claro de sol, na imensa majestade do Teu império de bondade, amor, de justiça e, sobretudo de tolerância e de caridade.

(Theóphilo Fortunato de Camargo)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

BELEZAS DO MEU QUINTAL



"Em vão centenas de milhar de homens, amontoados num pequeno espaço, se esforçavam por disfigurar a terra em que viviam; em vão a cobriam de pedras para que nada pudesse germinar; em vão arrancavam as ervas tenras que pugnavam por irromper; em vão impregnavam o ar de fumo de petróleo e de carvão; em vão escorraçavam os animais e os pássaros - porque até na cidade a primavera era Primavera". - Liev Tolstói

Milho, Banana, Pimenta, Abacate, Uva, Mamão, Laranja, Maracujá, Jaboticaba, Acerola, Café, Mandióca, Pássaros, Sólo permeável, tudo violentamente destruido pela furia, "oba-oba" desrespeito, total, ao meio-ambiente.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

K U U




K U U

Palavra que dá nome ao princípio chinês da não substâncilidade.
K U U = conceito de ZERO já discutido aqui. ZERO que para os chineses não é nada. É a negação do SIM e a afirmação do NÂO.

Pois bem, mesmo não sendo budista, mas na certa, por ser uma mente muito culta que conhecia tal principio, ou ao menos percebia a sua verdade, Vinicius de Morais em parceria com Baden Powell compos:

Canto de Ossanha
(Baden Powell e Vinícius de Moraes)

O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá
Porque ninguém tá quando quer

Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor

Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo senhor, saravá,
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer

Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor


Muito bem!
Proponho que examinemos o que nos dizem esses versos:

O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá
Porque ninguém tá quando quer

Ai está a aplicação do K U U na sua forma mais clara.
A explicação da não substancilidade de uma maneira didática que a nós possibilita a compreensão e conseqüênte facilidade de aplicação na nossa vida.

Marcia LUZ, nas palavras que proferiu no dia 08/04, quando da anunciação da ONG da VAA, disse:

"Devemos tomar muito cuidado ao dizermos para alguém que a amamos, pois a outra pessoa pode acreditar. E a responsabilidade gerada por tla conquista é única e exclusivamente nossa".

Devemos tomar cuidado com aquilo que dizemos a nós mesmos, por exemplo: Os narcizistas que se declaram deles mesmos serem lindos. Os mentirosos que se declaram verdadeiros e até juram. Os que não amam coisa nenhuma, mas afirmam que sim, etc. Que vão e não vão. Que são e não são. Que dão e não dão...

Ao tomarmos cuidado com aquilo que afirmamos sobre nós mesmos, na certa quando formos dizer algo de alguém, iremos ter a lucidez da avaliação cuidadosa para não caluniar, ofender ou ferir de morte o nosso semelhante, afinal:

O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá
Porque ninguém tá quando quer


K U U


Delta do Amazonas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PRESENÇA FÍSICA.



Quando de ti me fiz enamorado eu sempre soube da minha dependência, carência, presença física.
Conversa de corpo, afeto. Troca de energia sublime, amor.
Dança que não se faz só por movimentação corporal, baila também, a mente, solta, alegre, radiante. Gosto bom adocicado, reviravolta hormonal, tantas delícias.
Permuta de luz dos olhares apaixonados, quanta falta me faz.
Busco atrair-te repetidas vezes pra junto de mim. Sou precisado de ti comigo posto que te amo e desejo e então, te espero persistentemente. Às vezes com serenidade, às vezes com afobada aflição que as lembranças de nós dois na imitação do laço de fita, que envolve, enrosca, atraca quer, desse jeito, permanecer.
Não se demore assim, te imploro.
A vida não deve escoar no desperdício!
Meu corpo, teu amante, sozinho murcha, acinzenta-se, esvazia-se do entusiasmo do quando estamos juntos.
Enquanto tu mantiveres amor por mim, venha ter comigo?

Delta do Amazonas.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ESPELHO, UMA ILUSÃO.




Eu não estou lá. Sou aqui! Tão pouco sou eu imagem externa!
A matéria é invisível e o que vejo em mim é luz refletida.
Quem eu vejo ali nada tem a ver comigo!
Foi preciso escrever um livro onde me desnudo narrando vísceras, verdades nas minúcias que vivi para ser apresentado a mim mesmo através da óptica dos meus leitores.
Sim, são eles que estão me dizendo quem sou coisa que sequer imaginava. Pouco sabia de mim. Somente sentia, vez ou outra, sinais tênues, talvez de alguém familiar.
Agora, desbravado, descoberto e revelado tanto para mim mesmo quanto para o mundo, experimento uma agradável sensação quase que indescritível misto da sutil surpresa, toque leve duma vaidade inevitável. Alegres Boas-vindas.
Ainda que convivendo comigo a vida toda, o meu olhar introspectivo sempre foi limitado, míope, das constatações semi-reais.
Mas agora, não!
Através desse olhar de poderoso telescópio, visão aguçada dos meus admiráveis leitores sei de mim tanto melhor, Cosmos interno e gosto do que a mim me foi apresentado.
Muito prazer em conhecer-me!

Delta do Amazonas

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

VALEU, PAGOU A PENA!


Sérgio Querido
Meu Autor Favorito
Meu Amado Amigo Imortal
Meu Irmão de Pele Negra,

Entre lágrimas, acabei de ler NOVOS VENTOS SOPRARÃO DO RUMO NORTE.
Permaneci algumas horas olhando a capa do livro já fechado, sem palavras, apenas deixando transbordar a emoção enorme que a leitura provocou-me.
E agora, diante da tela do computador, sinto-me aflita!
Como encontrar palavras que transmitam exatamente o que desejo dizer-lhe?
Ah, meu querido amigo, que obra magnífica!!
Que coragem, que ousadia maravilhosa você possui... que força incrível para desnudar-se por inteiro! Isto é privilégio de poucos, Sérgio!
E que alegria conhecer um pouco mais do Sr. Theóphilo Fortunato de Camargo. Que homem extraordinário, que lhe deixou por herança não apenas os princípios morais e éticos, mas também o coração de poeta, o ideal de escrever que encanta e arrebata, a pena instigante.
Amei os poemas dele e os seus! Como foi gratificante a experiência de penetrar nas entranhas dos seus pensamentos e sentimentos mais íntimos!
Como foi gratificante conhecer mais a fundo a sua história de vida. Aliás, eu diria que foi gratificante e doloroso pois, por várias vezes, desejei ardentemente tê-lo conhecido mais cedo e ter estado ao seu lado nos seus momentos de extrema solidão, ofertando-lhe meu ombro, meu colo, minha amizade sincera...
Ofertando-lhe conforto, carinho, meu imenso amor de irmã e minha certeza de que você é um grande homem!
Mas tudo na vida acontece no momento certo e o nosso encontro deu-se no momento preciso!
O que nós construímos nos últimos anos é maior, é mais forte do que muitos relacionamentos de uma vida inteira.

Tornamo-nos AMIGOS
IMORTAIS!
Tornamo-nos IRMÃOS
ALÉM DA VIDA!
Tornamo-nos VITAIS UM
PARA O OUTRO!

E hoje sei, com todas as forças do meu coração, que o “menino cisne, o menino árvore, o menino chão, o menino quieto, afeto, tristonho, amoroso... O menino observador, estudioso...
O menino preto bonito que é limpo, fala bem, escreve coisas bonitas, é diferente (e se achava ninguém)... O menino-homem artista, poeta, músico, sensível, puro, gentil (que descobriu-se alguém)”... cresceu, floresceu, e TORNOU-SE ALGUÈM maravilhoso, digno, essencial.

Tornou-se um homem sábio e um eterno aprendiz.
Tornou-se um amigo sem o qual não se pode viver.
Tornou-se um irmão pelo qual vale a pena viver.
Mostrou ao mundo que não está aqui a passeio, mas sim para fazer a diferença nas vidas que toca.
O diamante bruto foi lapidado e transformou-se em jóia de rara beleza e valor inestimável!
E que, graças a Deus, ainda conserva o coração de menino sonhador e repleto de amor...
O menino-árvore criou fundas raízes no chão fértil da sensibilidade.
O menino-cisne, curiosamente, criou asas de águia que lhe permitem voar alto.
O menino preto querido por todos, tornou-se um belo homem negro AMADO por todos.
O menino-passarinho sem canto e sem bando, transformou-se em pássaro-magia, com um canto mais lindo que o da cotovia e do rouxinol, totalmente inserido no bando-humanidade!
Obrigada, meu irmão, por ter-me permitido fazer esta viagem para dentro de você a amá-lo ainda mais!
Obrigada por ser parte tão importante da minha vida!

AMO VOCÊ!!!!

E sinto um imenso orgulho de ser, para sempre, a sua

Irmã de Pele Clara,

Lígia

28/01/2010

DIZER AMOR



Dizer amor é um exercício permanente, salutar que me dá leveza interna, suavidade externa. Quem o faz, aprende a cada repetição, torna-lo mais consistente, robusto, definido.
Dizer amor só pode quem o quer saber senti-lo como algo vivo, mágico, possível, sem confundi-lo como sendo algo inatingível.
Ao contrário daqueles que criticam estigmatizando-nos com xingamentos, deboches intolerantes, quem exercita dizer amor eleva-se para um patamar intocado. Quem ali se instala sabe das suas credenciais. Visto de permanência.
Dizer amor é saber senti-lo pulsar forte dentro de si sem receio, restrições ou vergonhas.
Tenho declarado o meu amor por todo canto e canto inocente sinfonia encantada e por amor.
Qual alimento me poderá nutrir com maior sustança?
Qual sangue vital correria por outras veias de quem não o quer experimentar?
Se não me quiserem ouvir dizer meu amor, sejam então, distantes da minha voz o suficiente.

Sérgio de Carvalho e Camargo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

TROFEU RAQUEL FRANÇA.



TROFEU RAQUEL FRANÇA.

Concebido em Julho de 2008, foi submetido à apreciação da Presidente da VAA, Márcia LUZ e a sua, hoje, vice presidente, Edilene Silva, para ser o objeto da homenagem póstuma a uma mulher que fez do seu amor, sua marca inconfundível da sua passagem pela vida terrena. Com a aprovação da propositura, ele foi desdobrado em doze cópias idênticas para ser otorgado a doze pessoas no dia do 5º Aniversário da VAA, o qual se deu em 24 de Outubro de 2009. Impóssível, descrever com palavras, o que lá se pode viver.

Simbolismo: “A marca de sua ignorância é a profundidade da sua crença na injustiça e na tragédia. O que a lagarta chama de fim de mundo, o mestre chama de borboleta. ...”
1 – Crisálida = promessa de vida, esperança.
2 – Borboleta = liberdade, renascimento.
3 – Perola negra = perfeição forjada na perseverança.
4 – Roda do Buda = ciclo infindável do nascimento vida e morte. Material utilizado: Crisálida: sucata de garrafa pet. Borboleta: sucata de motor de geladeira. Perola Negra: colar raro de mais de cem anos. Pertenceu à minha avó materna, Emília Aparecida de Carvalho, a mulher que mais me amou nessa vida e que por sua vez, ganhou de sua patroa, uma aristocrata paulistana. Roda do Buda: sucata de motor de furadeira. Autor: Sérgio de Carvalho e Camargo.

Assim como a Flor de Lotus nasce do lodo imaculada e majestosa, o Troféu Raquel França nasceu da sucata para se tornar um símbolo eterno de Amor por uma Amiga tão Amada.

Sérgio de Carvalho e Camargo.

"Como nasce do lodo do fundo dos mares, O velho vestígio da embarcação, Há de vir das ruínas dos nossos pesares A primeira luz do nosso coração. Como nasce o jasmim do que sujou a terra E a primeira estrela da ausência do sol, Hei de ver o verão germinar primavera... Como a fúria da chuva lavou o telhado E o cansaço nos fez a vigília enfrentar, As ruínas são restos, mas não do que acaba... E sim do que morre pra recomeçar..." (Oswaldo Montenegro)

por Ligia Spengler.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Alguns comentários das minhas leitoras



"Ah! Faltou dizer que seu livro é tão gostoso de ler, tão bem escrito que se torna uma leitura fácil, uma narrativa que flui como a água que corre para o rio sem nada que possa impedir. É como a água porque não dá para parar de ler. E ao chegar ao final, assim como a água não finda, a leitura deveria continuar, deixa uma vontade de quero mais. Os olhos correm, se alegram, as vezes choram e a mente se transporta para todos os momentos. Sinto a presença da casa, do Pai imponente, importante, orgulhoso pela vida que construiu. Fecho os olhos e vejo os bailinhos, os jovens. A alegria contagia. Em outro momento sinto as inseguranças e angústias de um Jovem que faz de tudo para ser o que os outros querem que ele seja, mas ele no fundo e no auge de sua mocidade, sabe bem o que quer ser na verdade.

Mais uma vez agradeço pela alegria que esse livro trouxe ao meu coração, ja necessitado de uma obra assim íntegra. Perfeita em todos os sentidos.

Sua leitora encantada"



SÉRGIO!
Acabei de ler os comentários sobre o seu livro e quero dizer que concordo com td "em gênero, número e grau..."
Não tenho facilidade para escrever o que sinto mas Ligia e Marcia disseram td por mim...
Precisei interromper a leitura por alguns dias pois estava muito atarefada e no sábado (30-01-2010) à noite recomecei a ler, partindo da metade do livro e só fui dormir quando terminei e o dia tinha amanhecido, no domingo...
Não preciso dizer que adorei todo o conteúdo e ainda vou lê-lo outras vezes...
Quando for para a festa de aniversário da ONG VAA, em outubro, vou levá-lo para que vc coloque seu autógrafo.
PARABÉNS, MAIS UMA VEZ!
Um grande abraço.


"...Eis uma Obra completa que nos detalhes, desde a capa, em cada sílaba, tudo está intimamente interligado.
Coisas de quem sabe o que faz!
Concluí minha fascinante leitura, tendo ao final, uma comovente surpresa ao ver na quarta capa, o mesmo homem de tantos tombos, exposto às armadilhas do destino, completamente de pé, soberano, altivo, vitorioso.

Que lição!"


ah! Estou simplesmente encantada com
a minha leitura que já está na págia 183,
além de maravilhosa história do meu autor
amigo e irmão uma verdadeira aula de
História!!! Sem falar da emoção de ser
Paulista e rever um SP de lutas e glórias
através de tua escrita!

Impossível não te amar ainda mais, e como
disse nossa Lígia, minha IGUX te amar a cada
página, a cada parágrafo... simplesmente te
amar mais e mais!!!

Márcia LUZ.

Meu amado irmão de pele negra!!!!!



Comecei a ler seu livro e a conhecer você ainda mais...

Estou encantada, apaixonada, vibrando a cada página!

Agora sei de onde vem essa sua teimosia: puxou do papai, heim!! rsrsrs

E preciso dizer-lhe que prefiro ser irmã do Sérgio do que do Simão Bolívar!!!!

Te amo, cada dia mais...

Te amo, mais a cada página...


Beijos


Sua irmã de pele clara


Meu Amado Amigo Imortal!

Como é difícil parar de ler!!!
Desde que você me entregou em mãos o seu Caçula,
não consigo parar de ler...
Muitas são as passagens que escuto sua voz narrando
cada passagem, reflexo de uma irmandade, de uma
amizade que o Universo abeçoou!!!

Amo-te!!!

Beijos

Márcia Luz


Ontem, domingo, terminei de ler o seu caçulinha.

E agora?

O que faço com este sentimento de "quero mais"?

Nem preciso dizer então, o quanto apreciei a leitura nem mencionar tudo que senti. Agora conheço um pouco mais você, sua vida, sua determinação, sua sensibilidade, sua fé, sua sabedoria e sua coragem.

No final houve uma frase que me tocou profundamente, e foi num momento que eu precisava destas palavras, realmente não existem coincidências.

Só me resta mais uma vez cumprimentá-lo, agora com maior propriedade, pois conheço e acolhi carinhosamente seu caçula no meu coração.

Márcia Vitoriosa

"Durmo e acordo com o livro ao lado. Leio de todas as formas, do final para o começo do fim para o meio e assim vou me deliciando com cada passagem, sofro em pensar por tudo que voce passou, mas de uma coisa eu tenho certeza: Muitas emoções voce viveu e isso te fez homem com H maiúsculo. Que Deus te proteja e lhe de muita sorte."

"Querido, amado amigo "Ninguém" Choro, não consegui me conter ao tentar ler para minhas netas um capítulo do livro. Como mexe comigo, como somos parecidos querido amigo, como é bom saber que ainda existe pessoas assim como você, que como eu gostam da troca das palavras, de brincar com as letras, ai que delícia, estou eu agora enlouquecendo com Delta do Amazonas. Meu Deus é demais. É muita emoção para um ser humano só. Você

Motivo das lágrimas? "Dia dos namorados!

Mais lágrimas? Cisne Negro

Querido amigo! você escreve como ninguém! Consegue passar para o papel toda a sua emoção, você é magnífico, você é todos em um só. Parabéns e obrigada por me fazer ainda crer em livros, em poesias em seres humanos".

Forrrrrrte abraço da amiga.

"Mais claro que está! Estava eu com as netas em casa, quando o carteiro chegou, uma delas pegou o livro pra mim e logo viram minha emoção. Disse a elas que depois de mim seria com elas que esse livro terminaria, porque voce é um grande amigo meu, um grande ser humano e elas ficaram contentes, em perguntavam se eu conhecia o escritor, eu dizia: sim, é um grande amigo meu. Depois eu e o avo levamos elas para a loja da minha filha e no caminho li alguns capítulos pra elas, mas as lágrimas não me deixavam, eu me emocionava demais. Elas lindas, atentas com olhinhos espertos me ouviram contar os capítulos explicar. Eu chorava, as palavras ficam chorosas de alegria de emoção e elas percebiam e entendiam.

Caro amigo, eu sempre tento passar pra elas o valor de um livro. Aniversário, natal, eu viro e viro, mas não adianta, o presente é sempre um livro.

Sérgio, estou com ele nas mãos, ja está ficando amassado, mas é assim que gosto do livro. lido, relido, usado."

Sérgio, acabo de ler seu livro. Li bem devagar, aproveitando cada pedacinho para conhecer melhor sua vida, seus sofrimentos (mais do que suas alegrias), sua insistência em optar pelo SEU JEITO DE SER E PELO SEU QUERER. Devo confessar que me emocionei muitas vezes e que passei a ter uma visão diferente de você, muito melhor. Sua vida não foi nada fácil, mas foi sua escolha e penso que teve coragem para viver SUAS escolhas e força tb para transpor os obstáculos que porventura nasceram delas. Como você parece (ou parecia) com a Claudia. Até parece que ela é sua filha. Chorei ao perceber tanta semelhança, até nas tristezas assumidas em prol de ser o que se é de verdade. Lamentei não termos tido um filho(a). Mas penso que Cacá e Lu precisam de você, de seus ensinamentos, querido. No final do livro, fiquei feliz com o entendimento entre sua irmã, sua mãe e você. E eu, que sonhava tanto ter parido mais filhos... Parabéns pela coragem de ser tão transparente sem desabonar ninguém. Seu pai era um bravo, um forte e há trechos do livro que ficaram marcados em minha memória. E os poemas que escreveu, belíssimos. Li para meu pai e ele os achou muito bonitos. Ele tinha o dom da palavra e do comando. Quase não existem mais homens como o seu e o meu: de caráter, atitude, displinados quando preciso, mas dispostos a uma certa "subversão" quando diante de injustiças éticas, morais. Verdadeiros humanistas. Cheios de coragem na mente e no corpo. "Pau pra toda obra", como se dizia. Respeitadores e respeitados.Onde estão homens assim hoje em dia? Onde estão, pergunto-me. Preciso terminar minha vida com um homem assim, senão prefiro morrer só. Um grande beijo. Amei seu livro. Como eu previa, um grande sucesso.