sexta-feira, 1 de outubro de 2010
SÊ
“Tentei não fazer nada na vida que envergonhasse a criança que fui”.
José Saramago.
(Metadinha, licença) brincadeira que fazia repartir com o outro, tudo aquilo que tínhamos como alimento. A mistura de raças. O respeito às meninas, aos mais velhos, aos professores, à Instituição Presidente da República. Civismo, honestidade, civilidade, amor à Pátria, para ficar nalguns exemplos.
Sê a criança que fui ainda vive em mim, porque divergir tão radicalmente dela? Porque o indivíduo cresce, fica “besta” e passa por cima de princípios tão valiosos?
Eu não entendo!
Será que essa doença de ter “vergonha de ser honesto”, generoso, gentil, manso, pega?
Conheço pessoas, homens e mulheres que cresceram comigo, mas que ao se tornarem adultos e prósperos, (assim ou assado), viraram bicho vorazes, gananciosos, preconceituosos, desonestos e cruéis. Egoístas, estão ricos de bens materiais, mas paupérrimos de espiritualidade, ainda que alguns ostentem a patente de religiosos.
Que coisa triste!
Tinha amigos que me chamavam de irmão negro deles, só que hoje, fingem que não me conhecessem quando nos encontramos em algum evento importante.
Então, eu pergunto:
Será que eu perdi um amigo ou ganhei outra amostra da pequenez humana?
Diz o budismo:
“O ramo de trigo, quanto mais cresce, mais se verga”.
Essas pessoas, lamentavelmente, optaram pelo caminho inverso.
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