domingo, 11 de abril de 2010
CORPO CASA
Não é somente o meu abrigo. É muito mais!
Lindo, amplo, suave, sereno na maior parte do tempo, mas um vulcão de calor e desejo quando atiçado por mim, meus carinhos, veneração, meu toque.
Passear por ele a deleitar-me nas suas curvas bem delineadas, saboreando o perfume natural que exala, faz-me enfeitiçado, mas, por amor. Brinco quão criança crescida a saltitar euforico pelos cômodos diversos dos segredos que guarda.
Não há pichações nas suas paredes, nenhuma.
Tanto me agrada! Tão pouco desagradável presença das decorações de mau gosto, nem objetos nem cores.
Tudo nele é harmônico, bem cuidado, simpático e mais ainda, quando a mim me recebe entregue na sua totalidade, só para mim.
Meu Templo Sagrado. Minha maior devoção. Minha Mulher. Mente, Físico. Minha Amada.
Seu corpo, casa limpa, aconchegante, segura, amistosa, minha...
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Belíssimo! Sensibilidade que pertence somente a você! Sensibilidade que o faz saber viver e amar, incondicionalmente. Que bom vê-lo produtivo, novamente! Aí está você, pleno! Um beijo.
ResponderExcluirAnônimo,
ResponderExcluirPara um gosto feito o meu, também, para a intensidade do jeito de amar que aprendi, não posso saber o corpo da mulher borrado, maltratado ou desrespeitado como se nada pudesse.
Talvez nem mesmo as próprias mulheres tenham a dimensão exata do que representa para nós homens, por elas apaixonados, o mágico fascínio em nós tão avivado e que pode ficar dissolvido, quase anulado quando a sua dona o negligencia, maltrata ou desconhece.
Quantas, em fila indiana, têm se mostrado assim, tão desmanzeladas?
..."a dimensão exata ... Seu corpo, casa limpa, aconchegante, segura, amistosa, minha"...
ResponderExcluirHouve tempo para tudo.
O valor é mais necessário que a boa sorte: é ele que a faz nascer!
Um corpo, uma casa sem dono, é um albergue habitado por almas vazias.Ecos de desvarios abandonados.
Parabéns.
Como sempre, palavras descritas com a propriedade digna de um Mestre.
Abraços!