sexta-feira, 16 de julho de 2010
VONTADE DE IR.
Faz silêncio em meu interior.
Mudez que aguça a minha audição, como quem deseja compensar a perda, momentânea de um dos meus sentidos.
Quieto, percebo o calor duma lágrima a escorrer pelo meu rosto.
Sereno, alcanço a amplitude do instante em que o meu corpo desconsidera o seu peso de massa corpórea e então, flutua.
Deixo estar e vou nesse mergulho no oceano das emoções melhores de sentir.
Sem amarras, preconceitos, âncoras...
Velas ao vento, lá vou eu, lá vou eu.
Sopro da boa música, na proa da minha nau que desliza sobre as ondas de sons celestiais de contágio instantaneo.
Sou tripulante feliz, leve, encantado.
Lá vou eu, lá vou eu.
Faz frio na minha Osasco, muito frio.
Não obstante, me vi despido das minhas vestes, descalço e pronto para uma jornada estelar.
Não senti medo.
Simplesmente, acreditei que podia e então, fui.
O cometa que a mim conduz por entre as estrelas, galáxias distantes não era um cavalo baio mas, noto que poderia ter sido um alazão, "cujo o nome é raio de luar", porque não?
Minha vontade é minha asa. É ela quem me leva longe.
Minha mente o meu transporte.
Vou e volto em segurança
Hoje, preciso desbravar o desconhecido, derrubar fronteiras, ir, ir...sem me cansar de seguir até onde quiser me levar a minha coragem.
Sê o meu cometa, que sempre me traz de volta, errar o caminho, portanto, nunca mais me fazer devolvido prometo que direi de vocês a quem eu encontrar lá por onde eu for.
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