sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
VIOLÃO NO CANTO.
VIOLÃO NO CANTO
Psssiiiuuuu!
- Sérgio? Será que já não basta de tanto me deixar em silêncio nesse canto? - Toma-me em tuas mãos e, canta. - Isso mesmo, canta, espanta todos os teus males, canta?
"A VIOLA O VIOLEIRO E A CANÇÃO SE TOCAM!"
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar..."
"Sê uma noite eu estivesse ao clarão do luar, cantando e aos compassos do meu violão te acordar...Cantar, quase sempre me faz recordar, sem querer. Um beijo, um sorriso ou uma outra ventura qualquer. Cantando ao compasso do meu violão é que mando, depressa, ir-se embora, saudade que mora no meu coração."
"The Long And Wainding Road, thare is, to..."
"Have I Told You Lately That I Love You..."(emoção, engasgo, choro).
- Não, não para. Nunca interrompa um canto, por influência dum pranto. Bom cantor tem que aprender a engolir o pranto e chorar só por dentro sem que ninguém perceba. Lembre-se de que alguém sempre te ouve ao longe e poderá despencar do encanto, se interrompido se fizer o seu canto.
"Nunca mais você ouviu falar de mim. Mas, eu continuei a ter você. Em toda essa saudades que ficou. Tanto tempo já passou, só eu não te esqueci. Quantas vezes eu pensei, voltar e, dizer que meu amor nada mudou. Mas, o meu silêncio foi maior e na distância morro todo dia sem você saber."
"Só eu sei, as esquinas onde passei. Só eu sei,. Só eu sei. Sabe lá, o que é morrer de sede em frente ao mar? Sabe lá? Sabe lá?...
Novo pranto.
Sede, vê se cede ao menos um pouco. Seco de sede, morro, portanto! Mas, sei que não se pode sorver água do mar para matar a sede. No máximo banhar-me, pescar meu sustento, o que tenho feito. Só que nunca, jamais se poderá beber dessas águas tão volumosas, verdes, azuis, turvas ou límpidas, ainda assim, águas de mar.
Morro de sede na praia sem fim. Mar adiante de mim. Oceano rico, fertil, caudaloso!
- Parta em busca das águas potáveis, apressa-te! Vá ao encontro d'algum rio, lago ou fonte. Que seja um só pote.
- Não posso! Tais mananciáis estão todos poluídos, impróprios para o consumo humano!
- Compra, mata a tua sede e, torne ao canto!
- Comprar água de beber, violão?
- Sim! Sei de muitos que o fazem. Chega a ser uma prática comum e muito antiga.
- Lamento! - Não sei fazer isso! - Toda a água que bebi até hoje, eram provenientes dos mananciais limpidos tais como rios, cachoeiras, lagos e nascentes naturais. Nunca de balcões de comércio, nunca.
- Então beba da tua própria lágrima e canta. Quero acompanhar-te nesse novo canto.
"Quando eu soltar a minha voz, por favor entenda. Que palavra por palavra, eis aqui uma pessoa se entregando...Quando eu soltar a minha voz, por favor entenda. É apenas o meu jeito de viver o que é amar."
"Planeta água, TERRA"
"Solidão de manhã. Poeira tomando assento, rajada de vento. Sons de assombração. Ilusão. Sangrando toda a palavra sâ."
Pac!
Rompe-se do violão uma de suas cordas.
A viola, o violeiro e a canção se apartam.
Todos partem.
O violão torna ao canto solitário.
A canção emudecida, fica.
E eu, só faço ouvir um novo som...
SILÊNCIO
VIOLÃO NO CANTO é recheado de confissões, alegorias e desabafos tão intensos que cheguei a ter receio de publicá-lo.
Palavra de Honra!
No entanto, como conheço a minha VAA e sei de todos os seus ditames ou regras, deixei de lado o meu receio e PIMBA, mandei brasa!
Ah! mas vocês não podem ver o amigo de vocês tão descomposto não é?
Numa sequência infidável, como SEREIAS que brotam das águas oceânicas para espalhar os seus encantamentos, em fila indiana, uma a uma, emprestou o seu próprio corpo para vestir-me, novamente.
Nenhuma de vocês pode imaginar o quanto me senti acolhido, protegido, amparado e revestido num manto de afeto que só mesmo alguém que SABE O AMOR na intesidade que percebo vir de vocês, pode viver, sentir, tocar.
Já chorei muitas vezes diante da tela do computador.
Chorava e engolia o choro pra cantar,
De repente uma nova postagem, novo pranto e uma vez mais dizia a mim mesmo:
- Não é hora de chorar, cante.
E assim fora feito infindaveis vezes.
Agora, ao sentir o sabor do amanhecer do dia novo, não é minha LIGIA? Reuno condições para, sem adiamento algum, render a cada uma de vocês a minha retribuição ao débitos da minha imensa GRATIDÃO.
Trago em meu corpo o confortavel amainar das minhas dores provocado pelos tantos curativos que me foram feitos.
CALOR HUMANO, AMIZADE FRANCA E SINCERA, AMOR..,me conforta agora.
QUANTAS?
Quantas mulheres terei que viver?
Quantas vontades terei que sofrer?
Quantas canções terei que perder?
Quantas lições terei que sorver?
Quantos amores terei que beber,
até que um golpe de felicidade resolva fazer morada em meu ínterior,
numa permanância mais demorada?
QUANTAS...
Delta do Amazonas
"Quantos caminhos terei que percorrer
Quantas escolhas terei que fazer
Quantas lágrimas terei que esconder
Quantos afetos terei que enaltecer
E quantas vidas terei que em mim tecer
até que o amor, aquele amor, venha morar dentro de mim...
talvez por um dia, talvez pra sempre..."
Thais, Olhos de Céu.
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