RITO DE PASSAGEM.
Não é possível acreditar no que
dizem alguns: - “R$ 0,20 não é motivo, para tanto vandalismo”.
Santo Cristo! Será que essas
pessoas não percebem que o buraco é, bem mais, em baixo?
“A urgência, depende de qual lado
você está, da porta do banheiro”.
Eu já tive que vir, a pé, da Av. Paulista até Osasco, onde moro, justamente porque, faltaram dez centavos para eu completar a minha passagem e o Metro não permitiu que eu embarcasse. Mesmo tendo uma sacola cheia de livros meus, com minha foto na quarta capa, explicar para um, para outro e outro os meus motivos, e mesmo assim, a resposta foi a mesma:
- “Não posso fazer nada”.
O Rito de Passagem que
experimentamos e que tem um ícone simbólico R$ 0,20, pode ser interpretado,
também, inclusive como sendo Renan, Feliciano, Genuíno, Dirceu, Mensalão do PT,
PSDB, etc. Dinheiro na cueca, matança de índio, matança nas ruas, professores
humilhados e depreciados nos seus rendimentos, dignidade e respeito, (no Japão,
por exemplo, a única categoria que não precisa se curvar diante do imperador
são os professores). Escolas sem carteiras. Desvio de verbas da merenda
escolar, saúde que mata. Médico que mata. Lobby gay, lobby evangélico, lobby
ruralista, lobby das comunicações, dos fabricantes de pneus, agropecuarista,
etc.
O Papa Francisco está com uma
missão monstro para combater: Lobby gay do Vaticano! Eu tenho amigos católicos,
gays, evangélicos, políticos, comunistas, socialistas, café com leite, etc. Eu
os respeito a todos, contanto que não queiram subverter as minhas convicções de
que o Brasil, não pertence a nenhuma dessas subdivisões sociais, nem ao governo
que é laico. A Nação é de todos nós, pertence a todos e é ridículo, sob a minha
ótica, esse “forçar a barra” com leitura de bíblia nas sessões do Congresso
Nacional, passeata do orgulho do que quer que seja. Marcha para esse ou aquele ícone
religioso, ou liberação de alucinógeno. Filhos, netos, bisnetos dos mesmos
atarracados nas tetas fartas do estado.
Gastamos velas, o tempo todo, com
defunto ruim e não ascendemos, um fósforos se quer, para iluminar o caminho de um
enfermo que, há séculos, está na UTI, implorando para que alguém cuide dele, o
Brasil.
Teimamos em esquartejar o nosso
país em ilhas de interesses pessoais, transformando-o num arquipélago sem Unidade
Nacional e que tem cada um, puxando a brasa para a sua sardinha. Fala-se muito
em tolerância, não fobia etc. Mas somos heterogêneos nas nossas escolhas. Somos
dispares nos nossos conceitos. Somos estrangeiros, estranhos na arte da boa
convivência entre irmãos, filhos da mesma Pátria.
Assim, nunca iremos chegar a
lugar algum!
Por isso, o Rito de Passagem,
cresce em todas as cidades e recantos do país. Juntos e misturados, entre os
manifestantes estão pessoas de todas as raças, credos, condição sócio econômica,
nível de escolaridade, opção sexual, usuários de drogas, religiosos, profissão
etc.
Isso é Unidade Nacional.
Isso pode mudar o Brasil!
Isso pode mudar o Brasil!
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