domingo, 17 de agosto de 2014

QUINTAIS.



A unicidade do Ser Humano e meio-ambiente.
Insta-me a dizer o que digo:
Rasgado o peito, enxague em seiva.
Em quintal fora feito propositalmente.
Solo fértil.
Arvoredo, plantas, flores, frutos e chão. 
Raízes de credibilidade. Copa de esperança.
Flores e frutos de Fé.
Para firmar-se em lar, abrigo, espaço útil.
Nunca tendo aprendido a ser sozinho.
E, a todo tempo, sem tal desejo, o é.
Quanto eu quis, a tudo ver, diferente?
Das ervas daninhas, entender ser livre.
Quase inglória se fez cada tentativa.
Só no chão de pisar elas não prosperam.

Pudera!

Nem as ervas, nem vida, nem nada.
Faz-se em cicatriz perpétua de cada passo.
De um caminhar, ir e vir persistente.
Pisoteio de tanta gente.

Eu consenti!
Dei meu aval.

Quantos quintais existem iguais ao meu?

Ainda assim, o mantenho imune.
Preservado daquilo que seria sua derrocada final.
Ainda que tanto faça sofrer tantas dores.
Martírios disfarçados, como se fossem amores.
Melhor continuar a ser assim como é.
A desistir do sonho de ser feliz.
E eu mesmo, por amargo desencanto.
Ordenar, decidido, que eu vá embora de mim.
Sucumbir à solidez fria, cinzenta e rígida do concreto.
Solidão, desamor, desilusão. Mão pesada.
Força do laço da forca, ingratidão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário