Navegando pelos mares bravios de agora
Distante das praias de remanso, areias brancas de paz perene de outrora.
Vai minha Nau, desgoverno de triste cumprir tua missão.
Navegar, navegar...
O tempo de desistir dos mares não é teu, ainda.
Então, tu deverás em resignação,
Continuar.
Ir...
Mas, pra onde e, sem o teu norte?
Sabeis conduzir e a contento este timão?
Vou a reboque de um impulso esgotado.
Quase nulo.
É o vento quem me conduz, quando sopra forte
Nos trapos das velas em mastro eriçado.
Temo pela resistência de tudo.
Casco, vela, mastro, e eu...
As águas do oceano vasto, meu caminho.
Estradas de estranhas surpresas são à minha espera.
Que seja de vitória triunfante a Nova Era, teu futuro.
Ainda que só de sonho seja feita a tua Glória.
Tua voz de comando a conduzir-te a ti mesmo.
Há que levar-te, em segurança, até um Porto Seguro.
E se tu não lograres êxito na tua jornada.
Que o mar cuide com revência modesta dos teus despojos.
Delta do Amazonas.
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