quarta-feira, 13 de agosto de 2014

HORIZONTE INCERTO.



Navegando pelos mares bravios de agora
Distante das praias de remanso, areias brancas de paz perene de outrora.
Vai minha Nau, desgoverno de triste cumprir tua missão.
Navegar, navegar...
O tempo de desistir dos mares não é teu, ainda.
Então, tu deverás em resignação,
Continuar.
Ir...
Mas, pra onde e, sem o teu norte?
Sabeis conduzir e a contento este timão?
Vou a reboque de um impulso esgotado.
Quase nulo.
É o vento quem me conduz, quando sopra forte
Nos trapos das velas em mastro eriçado.
Temo pela resistência de tudo.
Casco, vela, mastro, e eu...

As águas do oceano vasto, meu caminho.
Estradas de estranhas surpresas são à minha espera.
Que seja de vitória triunfante a Nova Era, teu futuro.
Ainda que só de sonho seja feita a tua Glória.
Tua voz de comando a conduzir-te a ti mesmo.
Há que levar-te, em segurança, até um Porto Seguro.
E se tu não lograres êxito na tua jornada.
Que o mar cuide com revência modesta dos teus despojos.

Delta do Amazonas.

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