sexta-feira, 11 de março de 2011

ESCOLA DE MARCHA



Foi-se o tempo em que o samba era samba. Hoje, um vício danoso, nos apresenta uma marcha acelerada como se fosse samba, fazendo dos passistas, ainda que sejam mulheres belíssimas, sacudirem o corpo, tremularem as pernas, imaginando estarem sambando, mas, que na verdade, nada fazem, se não, marchar ao longo de todo desfile.
Justificativas: O número de figurantes da escola e o tempo que esta tem para desfilar, são incompatíveis.
Oras, então pra que serve o planejamento, os ensaios etc. e tal?
Se já é constatado que o tempo não é suficiente, porque que além dos quatro mil figurantes que se coloca na avenida, muitas escolas trazem cinco carros alegóricos, monstros, quando que o regulamento exige quatro?
Já sei, é para justificar a correria!

Ridículo!

Interessante!
Quando a Nenê da Vila Matilde foi convidada a participar do carnaval carioca, na década de oitenta, eu me lembro da forte impressão que a sua bateria causou, por lá.
Porque? Simples, a batida de São Paulo estava muito mais para samba do que para marcha.
Estranhamente, hoje, se pode notar uma inversão. Paulistas copiaram a batida carioca e os cariocas copiaram a batida paulista. Inclusive as “paradinhas”, repiques de tamborim, etc. Surdos que não se parecem mais com surdos, tal exagerada é a sua afinação. Estes deixaram de ter o costumeiro som grave, diferencial para o batuque, bem feito. Agudos do jeito que são tocados são inúteis como surdo. Como marcação forte do compasso do samba. Uma coisa de mau gosto, mas, que infelizmente, todo mundo copiou.
Resultado: Até os desfiles de Sete de Setembro são lembrados quando se assiste aos desfiles das Escolas de Marcha na Sapucaí e no Anhembi.

Vamos correr, minha gente...

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