terça-feira, 29 de março de 2011
UM POEMA DE BRASILIDADE!
Nem parecia um político, tal era o seu compromisso com a honra e a lisura em tudo que tocava.
Não parecia um empresário, pois, fazia questão de dizer que o seu império empresarial, pertencia à comunidade. Justiça social. Distribuição de renda.
Quem o via ou convivia com ele, custava acreditar que se tratava de alguém que sofria de doença grave, com dores humilhantes, cirurgias e terapias de risco e tormento, afinal estava sempre sorrindo, de bom humor e sem um único traço de lamentação na sua fala ou semblante.
Não parecia um homem, ao menos nos padrões comuns, posto que era doce, terno, delicado e cuidadoso.
Também não parecia ser tão rico, dado aos seus modos simples, discreto, amistoso e humano.
Imitando ao seu chara cearense, escritor romancista, tão apaixonado pelo Brasil e suas brasilidades, deixa ele, também, seu romance de amor por sua pátria, Senhor José Alencar, escrito, cá, nos corações da gente!.
O amamos, nos inspiramos, nos espelhamos, sentimos saudades de você...
Vá em Paz!
sexta-feira, 25 de março de 2011
EROS E PSIQUÊ
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Fernando Pessoa
quinta-feira, 24 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
ESCOLA DE MARCHA
Foi-se o tempo em que o samba era samba. Hoje, um vício danoso, nos apresenta uma marcha acelerada como se fosse samba, fazendo dos passistas, ainda que sejam mulheres belíssimas, sacudirem o corpo, tremularem as pernas, imaginando estarem sambando, mas, que na verdade, nada fazem, se não, marchar ao longo de todo desfile.
Justificativas: O número de figurantes da escola e o tempo que esta tem para desfilar, são incompatíveis.
Oras, então pra que serve o planejamento, os ensaios etc. e tal?
Se já é constatado que o tempo não é suficiente, porque que além dos quatro mil figurantes que se coloca na avenida, muitas escolas trazem cinco carros alegóricos, monstros, quando que o regulamento exige quatro?
Já sei, é para justificar a correria!
Ridículo!
Interessante!
Quando a Nenê da Vila Matilde foi convidada a participar do carnaval carioca, na década de oitenta, eu me lembro da forte impressão que a sua bateria causou, por lá.
Porque? Simples, a batida de São Paulo estava muito mais para samba do que para marcha.
Estranhamente, hoje, se pode notar uma inversão. Paulistas copiaram a batida carioca e os cariocas copiaram a batida paulista. Inclusive as “paradinhas”, repiques de tamborim, etc. Surdos que não se parecem mais com surdos, tal exagerada é a sua afinação. Estes deixaram de ter o costumeiro som grave, diferencial para o batuque, bem feito. Agudos do jeito que são tocados são inúteis como surdo. Como marcação forte do compasso do samba. Uma coisa de mau gosto, mas, que infelizmente, todo mundo copiou.
Resultado: Até os desfiles de Sete de Setembro são lembrados quando se assiste aos desfiles das Escolas de Marcha na Sapucaí e no Anhembi.
Vamos correr, minha gente...
Assinar:
Postagens (Atom)