terça-feira, 14 de dezembro de 2010
SEDE DE PODER.
Os chineses navegaram pelo mundo, muito tempo antes dos europeus.
Com um vasto conhecimento de navegação marítima, navios imensos e capacidade organizacional admirável, com o qual poderiam, se quisessem, conquistar metade do globo, porque não o fizeram?
Por qual razão não se fala mandarim na maioria dos paises?
Resposta:
Os chineses não tinham fome de poder, tão pouco, cultura de colonização e domínio. Simples assim!
Assistindo a um documentário sobre equilíbrio ambiental, me chamou a atenção uma realidade percebida nos rios dos EUA.
A população de peixes nativos está sendo ameaçada de extinção pelas carpas (cabeçuda, prateada) bem como os peixes cabeça de cobra, consideradas invasores, já que são de origem oriental.
Devoradoras vorazes de plâncton, sua população se multiplicou a tal ponto que se pode pescá-las às centenas pelos rios norte americanos. Além de consumirem a principal fonte de alimento dos peixes nativos, as carpas e o cabeça de cobra que também são carnívoros, dizimam os filhotes das outras espécies impedindo-as de prosperar e como conseqüência, causando um desastre ambiental irreparável.
Trazendo esse modelo de invasão para a espécie humana, notamos que o mesmo se dá, quando ocorre a febre de dominação de uma raça por sobre a outra. A história da ascensão e declínio dos vários impérios corrobora minha afirmação.
Disse, certa vez, um cacique cherokee:
“Cada um luta por aquilo que vos falta”
Por qual motivo tem a raça branca européia, tanta sede de poder?
domingo, 5 de dezembro de 2010
O DIA EM QUE O CRAVO DECIDIU VIRAR ROSA
Alvoroçando toda natureza, foi uma noticia previsível, já que ninguém pode negar o que lhe é inerente.
Só que, o Cravo imaginou que podia.
Ensaiou durante séculos, e durante todo o período ensaísta, as reações eram as mesmas. Mas ele, a contragosto do que lhe demonstrava a maioria das flores de todas as espécies, no bojo das suas opiniões, quis assim fazer:
- D’agora em diante, não serei mais, um menino Cravo. Sou, daqui por diante, uma mocinha, sou Rosa!
Então, mesmo debaixo de tremendo espanto, outros resolveram que também podiam...
Lobo a se declarar Ovelha. Gerânio declarando-se Papoula. Luz se fazendo de treva. Lua impondo-se como sendo Sol. Onça a se dizer Leão. Água a se confessar ser areia. Tigre a enamorar-se de d’outro Tigre, etc...
Desnecessário dizer que a AÇÂO negadora dos códigos de conduta, conceitos e valores morais e éticos, sentiram-se agredidos, golpeados duramente na sua raiz.
Cresce em tal proporção tal levante que, alguém tem a idéia de organizar um desfile numa das avenidas mais famosas do vilarejo, próspero.
Assim foi feito!
Primeiro ano, segundo, terceiro...A cada nova edição, muito mais eram constatadas as novas adesões.
Hoje, já são milhões!
Imaginando serem fortes em número suficiente, os participantes da ala negadora das suas características primeiras, lançam-se no clamor por direitos. E, aí, passa a morar o conflito.
Se leis são criadas para defender e proteger as minorias, essas não poderão permitir que as maiorias (Cravo, Cravo. Rosa, Rosa. Luz, Luz. Tigre, Tigre...) sejam discriminadas pelo avesso. Quem deseja ser, por convicção absoluta, como fora criado originalmente, não pode ser punido por isso.
A julgar pelo andar da carruagem, era o que principiava acontecer!
O que fazer?
Para responder a essa questão, tão complexa, sábios, filósofos, governantes, sociólogos, operadores do direito e vários outros seguimentos da sociedade fauna e flora, representando toda a biodiversidade, debruçaram-se com empenho na busca de uma solução para o impasse.
Os debates se arrastam por longos períodos, anos a fio e, ao menos por enquanto, ninguém sabe o que fazer.
Bem melhor seria, ao meu ver, se possível fosse, a manutenção de tudo, exatamente como lhes foi atribuído pela sábia, Mãe Natureza.
Mas...
sábado, 4 de dezembro de 2010
EM CINCO ATOS.
I Ato
Ronda meu coração uma ebulição, velha conhecida.
Ouço aquilo que quer me dizer teu clamor inquieto.
Acaso tu não queres me levar a galope, noutra das tuas isolitas viagens, queres?
E o que importa a ti perguntar?
Sei que vais onde queres, quando queres e eu, de modo involuntário a ti, sigo obediente.
Ai de mim, escravo das vontades tuas, ai de mim...
II Ato.
Chove na minha Osasco.
Chove na minha vida.
Chuva dentro de mim pra lavar meu pranto.
Nas águas límpidas desse chover, de agora
Em banho intenso, lava, limpa
abranda o sal que mina das minhas lágrimas.
Escorre para o lago.
Quer fazer menor o meu sofrer.
Chove na minha Osasco
E cá dentro de mim, também.
Chuva pra destruir um encanto
Chove pra construir um bom tanto.
Chove pra confundir o meu canto
Silencia!
Chove a chuva, redenção.
Molha, encharca, rasga o meu chão.
Chove, chove sem parar, chove...
Leva pra longe na enxurrada, minha Nau.
III Ato.
Me fosse dado a escolher, não queria ser romântico, nada.
Ser homem de gelo, indiferente, alheio a tudo ao meu redor, quão mais fácil seria?
Só que esta escolha não me fora concedida.
Então, bebo as horas da minha espera aflita, pingas da ilusão, fantasia, disfarce, anestésico...
Em grande estilo, na taça de cristal puro que poderia ser uma caneca grosseira de lata, mas, que contivesse música líquida que ao descer garganta a baixo, me fizesse cantar e dançar por dentro estremecendo as minhas entranhas, catalisando na minha corrente sanguínea, alegria radiante e tudo só por amar e ser amado igual.
Mas, o outro (a), embora queiramos na condição de românticos, não é o paraíso.
Ele (a), ainda está, ainda vive confinado na sua própria clausura a querer descobrir-se a tempo de acreditar e apostar que amar e ser feliz é possível.
IV Ato.
Bebi todas as horas que eu podia.
Já não há nenhuma gota que possa ser sorvida.
Devo ir, agora!
V Ato.
Não sou um homem, tão pouco um escritor.
Enganei-me!
Sou música num corpo humano que escreve e canta melodias, a razão jubilosa de tantos corações. Faz tempo!
De tanto assim ser, temo ter como escasseado o meu maior talento:
Dar-me de mim aos outros o tempo inteiro. Pedaços da minha carne, melodiosas canções, ternas oferendas.
O que será de mim, caso inspiração entusiasmada me falte e a musica, que sou eu, silenciar?
Epílogo.
Já chamei de namorada, uma foto, esboço sutil de alguém a quem eu mal conhecia.
Hoje, chamo de minha namorada, um sonho de encantamento e beleza profusa. Uma jovem linda, mulher de um tanto mais de quarenta anos.
Quem é ela?
Fácil saber!
Basta prestar atenção na capacidade que ela tem do rasgar um sorriso largo no meu semblante sério, todos os dias do meu amanhecer em comunhão e harmonia, gratidão minha, por saber que eu a tenho cativa, nos confins do meu coração de homem, tão apaixonado.
Sê preferir, apure os seus ouvidos, ouça a canção de amor que os meus olhos cantam, sempre que diante de mim ela comparece. Ou até mesmo, note a múltipla difusão de matizes dos tons e cores que da minha inspiração emana e só por isso, escrevo.
Chamo de minha namorada, um Ser Humano esplendido, distinto, pinçado das tormentas, apartado das confusões por que delas nunca quis fazer parte integrante, nem ser misturada, nem ser confundida.
Não...
Em serena harmonia, baixou um decreto:
- Sou mansidão e calma.
- Sou a sua amada!
Menina adulta. Mãe, filha, irmã, amiga.
Amante fervorosa, MULHER...
Mescla dos melhores bocados das tantas delícias que só a vida em amor dum homem e uma mulher são capazes de produzir, compor, gerar e manter.
Meu mundo mágico. Minha alegria profunda, sem fim.
Poema delicado, feminino.
Melodia perfumada, sensual doce e terna...
Eis, minha namorada!
FIM.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
ODE AO AMOR QUE MORA NO OESTE.
É sexta-feira, noite alta, magia e romantismo pairam no ar da minha Osasco.
Dois que tanto se amam, distam alguns quilômetros, um do outro.
O amor de ambos perfuma a atmosfera, tanto de lá, onde ela está, quanto o daqui, na minha, também, tão amada cidade.
Não queria distância tão grande.
Mas, ela é uma imposição cruel!
Não sabia ser eu, impedido do estender a minha mão para alcançá-la.
Lanço, então, o meu pensamento na direção oeste, onde ela vive contida em amor por mim.
Canções lindas cantam aqui por dentro! E, por ela pulsa harmonia melódica, tons afins. Sinfonia encantada...
Minha poesia musicada, euforia terna, só por ela.
Canto ao mesmo tempo em que lastimo a sua falta.
Longe, tão longe de mim, vida nossa, escorre no desperdício.
E agora?
Canto!
Choro!
Amo a mulher mais linda que eu pude em meus braços, um dia, ter.
Mas, ela está longe, muito longe, noutro lugar, no oeste.
E a sexta-feira da noite alta plena do romantismo e amor, escoa, escorre para virar outro dia.
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