Coitado vem de coito. A expressão banalizou-se e quase ninguém percebe o que diz ao exclamar: "Coitado".
Coito é um ato sexual.
Houve um tempo em que os poderosos, ditadores, imperadores, reis e tiranos usurpadores do poder, submetiam famílias inteiras ao coito anal em praça pública, com o objetivo insano de demonstrar a esses, quem é que manda.
Nessa madrugada, a história se repetiu. Dezenas de séculos após a sua prática ter sido abandonada, eis que, se reedita.
A sociedade brasileira, abobalhada, passiva e impotente, acaba de sofrer um estupro coletivo e a céu aberto.
Violência explícita, pública e vexatória, que a todos nós, humilha, insulta, fere de morte e desencanta.
Tiranos, conspiradores, os mesmos de sempre, reprisam, para o nosso total dissabor aflito, as práticas daquela longínqua época de agressão cruel contra o povo.
Coitado de nós.
Coitado do povo.
Fomos todos estuprados!
Porém, "Toda doença só existe para nos mostrar o caminho" e, se permitimos que o tifo prosperasse no seio da sociedade brasileira, mais especificamente no meio político da nação, que esse coito anal, não seja recebido com passividade, tolerância ou conformismo. Nada de: "relaxar e gozar", isso é coisa de gente covarde. Lembremos da máxima: Se tifo der, Tifo deu...
Temos que reagir, erguemos as nossas cabeças e denunciarmos aos quatro ventos a torpe, infame violência que acabamos de sofrer. Não vamos nos comportar como muitas mulheres, meninas e meninos que ao serem estupradas ou sofrerem violência doméstica, vitimas de pedofilia, espancamento físico e moral, que, por vergonha, acanhamento ou, sei lá o que, deixam de denunciar às autoridades, seus agressores.
Não existe honra no silêncio omisso.
Temos que reagir. Temos que "botar a boca no trombone".
É hora de fazer ser vista e ouvida a nossa indignação.
Basta!