Nas primeiras fases do julgamento da Ação 470, houveram vencedores e vencidos na tarefa de inocentar ou condenar os réus. Em virtude de uma confusão de critérios, de um lado severo e de outro benevolente demais, decretou-se a origem do impasse evidenciado, agora, na fase final do julgamento.
Joaquim Barbosa, nitidamente abatido e farto das insinuações irônicas venenosas e descabidas por parte de Marco Aurélio e Ricardo Lewndowisk, murcha a olhos vistos. Rosa Weber se recusa a admitir que houve erro no julgamento, já que este, foi largamente debatido sob as ferramentas e critérios a serem adotados e ela, uma ministra séria e criteriosa, não admite levar esse puxão de orelhas, que equivale a aceitar a alegação de que houve negligência e molequeira na apreciação da referida Ação.
Luiz Fux, faz a seu turno, uma advertência oportuna.
Diz ele: "Nós não podemos permitir que os vencidos nas outras fases, possam estabelecer o "quantum" das penas, nessa fase final".
E, é justamente isso que está acontecendo! Toda a ala à esquerda da presidência do Supremo, teve, na sua maioria, votos vencidos, inclusive com declaração de inocência proferido por alguns a determinados réus. Então, como pode esses mesmos ministros, notadamente contrários a apenação maior dos já condenados, terem voz na fase final para abrandar penas? Aqueles gráficos apresentados são ridículos. Não é preciso gráfico algum para ter a percepção de que, durante o julgamento, falou-se da gravidade dos delitos e, portanto, não caberia atribuir a estes, penas tão brandas. Diz-se, também, inclusive que: "Um juiz não é um carrasco". Muito bem! Então porque é que uma mãe que rouba comida em um supermercado, pra não ser forçada a dar para os seus filhos, sopa de papelão, é atirada numa cela, onde fica mofando e pessoas graúdas que comprovadamente praticaram crimes gravíssimos, com peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva além de formação de quadrilha, são homenageados com apenações tão brandas? Isso me parece um jogo de cartas marcadas que no momento agitado de um Brasil Novo que quer nascer, pode ter força de um Bomba Atômica.
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