Eu não estou lá.
Sou aqui!
Tão pouco sou eu, imagem externa!
A matéria é invisível e o que vejo em mim é luz refletida.
Quem eu vejo ali, nada tem a ver comigo!
Foi preciso escrever um livro onde me desnudo narrando vísceras, verdades nas minúcias que vivi para eu ser apresentado a mim mesmo através da óptica dos meus leitores.
Sim, são eles que estão me dizendo quem sou, coisa que sequer imaginava.
Pouco sabia de mim. Somente sentia, vez ou outra, sinais tênues, talvez de alguém familiar.
Agora, desbravado, descoberto e revelado tanto para mim mesmo quanto para o mundo, experimento uma agradável sensação quase que indescritível misto da sutil surpresa, toque leve duma vaidade inevitável.
Alegres Boas-vindas.
Ainda que convivendo comigo a vida toda, o meu olhar introspectivo sempre foi limitado, míope, semi-real.
Mas, agora, não!
Através desse olhar de poderoso telescópio, visão aguçada dos meus admiráveis leitores sei de mim tanto melhor.
Cosmos interno e gosto do que a mim me foi apresentado.
Muito prazer em conhecer-me!
Nenhum comentário:
Postar um comentário