segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012




Meiga Professora Risomar, a quem com quinze anos, aprendi a olhar com extrema ternura e admiração,
Todo habitante de uma cidade cortada por um rio ou estrada de ferro, assim como Osasco, é um romântico saudosista.
Saudade do rio que alcançamos vivo, mar de vida. Agora, serpenteia como esgoto, lama mal cheirosa.
Trem que traz o nosso amor posto em nosso colo para depois arrancá-lo do nosso coração num tic-tac de ir-se embora.
Assim, é!
 Posso sentir o aperto do seu coração porque é igual no meu.
Vivemos belezas nessa Osasco que não pode viver menina em flor para sempre. Tinha que crescer e na condição de adulta, fazer tatuada somente nas nossas lembranças o que fomos, ela e todos nós.
O tempo precisa passar!
Que pena!
Só existe vida se houver movimento!
È a Lei!
Vi, como você viu, dentre outras coisas, o triunfo do bem contra o mal em muitos setores da sociedade.
Movimento!
Operário elevado à condição de Presidente da Republica. Ascensão, Glória e morte do insubstituível Airton Senna da Silva. Roberto Carlos completando setenta anos de idade.
Movimento!
Cadê o Glamour? A igreja desmoronou! Cadê o Estoril? Outra igreja tomou! O trem novo fez trinta anos.
Transformação!
Por amor, desejávamos que nada disso virasse saudade. Mas, o tempo precisa passar e fazer das nossas lembranças, rico repositório do que, agora, só existe, lá.

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