sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PANELA DE VIDRO.


Quem tem panela de vidro, não sai às ruas criticando a panela dos outros, dizendo delas, serem sujas, amassadas, de barro, rudimentares ou vazias.
Como bater panelas, agora?
Vestidos com a camisa amarela da CBF, cujo símbolo, há décadas, foi maculado pela mesma corrupção que se dizem combater e, num misto de fanfarrice inconsequente, alarido descabido contra a Nação, pois, notadamente, ninguém está verdadeiramente preocupado com o país e sim com os seus interesses pessoais.
Governabilidade? Que se exploda a governabilidade! Eu quero mais é defender o meu: O meu emprego. A minha fatia do bolo. A minha igreja. Os meus interesses. Os meus negócios...
O culto ao próprio umbigo, fez uma multidão ficar com a cara de taxo, pois, os seus paladinos, defendidos com paixão pelos seus vassalos, estão tão ou mais envolvidos em roubos, desvios, escândalos de toda sorte do que aqueles que, até então, vinham sendo acusados de serem os mestres da imundice.
Que discurso se escreverá, agora, vassalos?
Qual a tese moleque que irão compor para defenderem o que é indefensável? As suas bandeiras rasgadas manchadas, e lameadas pela pratica de uma politicagem baixa, desastrosa, leviana, cínica e vergonhosa, não mais poderão ser escondidas.
O Brasil de todos nós precisa criar juízo. Somos uma democracia embrionária ainda e, como todo ser em construção uterina, todas as doses hormonais a serem descarregadas sobre esse embrião, necessitam que sejam administradas na medida exata, sob pena de criarmos monstros irreconhecíveis como obra resultante dos nossos enganos.
Há 100 anos, Rui Barbosa já se mostrava desencantado com a política nacional. Desde lá, não se justifica apontar o dedo pra seu ninguém, enquanto cada um não tiver a coragem de olhar para o seu interior e nele perceber se lá no seu íntimo, está ou não o solo fértil da lisura, dignidade, honra e honestidade.
Mãos a obra, pois, então.
Bater panela de vidro, dá nisso

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

PRESENTE.


O mimo que recebemos no Aniversário ou Natal não é presente, é lembrança.
Presente é presença!

FOGUEIRA



Uma fogueira pode queimar quase tudo, menos as cinzas.

RECUSA.



Não vou desamar você.
Não posso! 
Não quero!
É triste e faz sofrer.
Perder a quem venero.
É tanto o meu bem querer.
Que ainda a espero.
Vontade do meu viver.
Avante, prospero.
Desejo meu, a você reter.
Bem dentro do peito.
Minha visão de querer ver.
Verdade, anseio.
Ser seu até morrer. 

MULHER.




Mulher, cheiro, formas, beleza. 
Encantamento de um homem.
Às vezes o nosso tormento, desespero.
Às vezes, razão do nosso viver.
Mulher, supremo delicado capricho da natureza.
Quase perfeita.
Quase...
7 X 1 para todas elas.
Ai de nós!
Ai de mim, filho dela.
Ai de todos os homens.
Posto que, somos, em parte, mulher.
Tendo sido fundida em nós, como adaga.
Herança da nossa construção em nove meses.
Em meio às suas entranhas.
Todo homem, então, também é mulher!
Mas a minha, é estupida, mesquinha e insensata.
É desastrada, insolente, inquieta. 
Muito embora seja sábia.
Porque dela eu sei ser mais centrado.
Sensível admirador do belo.
Me permito chorar, quando quero.
E reconhecer em mim, seu avesso.
Sou metade sem a minha parte mulher em carne e osso.

Onde terá ido parar?

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

SERESTA INACABADA.


DISTINÇÃO ENTRE OLHARES.
A pessoa física detentora da pré disposição de olhar e ver, pode facilmente, por exemplo, ouvir a minha "Seresta Inacabada"e, nela perceber um singelo canto apelo de amor. Entende que não estou me candidatando a nenhum show de calouros, desses muito em moda hoje em dia.
Não, o meu tempo de entusiasmo exagerado com o mundo mágico da música já ficou para trás e faz tempo. Eu apenas quis dedicar uma mensagem musicada que compus para alguém. Essa seresta está como está porque eu quis que assim ficasse. Tudo ali é proposital, até a reverberação para que passe a sensação de tocar na lembrança, na memória de alguém.
Mas, a pessoa jurídica, cercada pelas suas muralhas de insensibilidade e olhar meramente profissional, técnico, frio, irá maldizer a minha iniciativa.
Ai daquele romântico, apaixonado que, por ingenuidade, pureza de fé ou transbordo daquilo que sente, direcionar os seus apelos de amor a uma pessoa jurídica. Ensimesmada nos seus paradigmas contábeis, (relação custo/benefício), pragmatismo extremo e absoluto, se quer irá notar que aqueles gritos desesperados, têm origem num coração que sente amor.
"Nem todo mundo pauta a sua vida nessas coisas do coração".
"Isso é sinal de fraqueza de quem vive no mundo da lua".
A pessoa jurídica é seca, inflexível na dosagem da medicação que pretende ministrar afim de sanar a doença da sua empresa. Pouco se importará com o alerta feito de que alguém agoniza sob os efeitos dessa medicação desmedida. Salvar a empresa é o que importa. O resto, é resto!
Pessoa física = Alguém com cérebro, coração e empatia.
Pessoa jurídica = Robô, acéfalo, autômato, insensível.
Não se pode, nem se deve amar um Robô!