sexta-feira, 13 de setembro de 2013

EMPADA DE VENTO


Quem conheceu a empadinha que a minha mãe fazia, (farto recheio cremoso de camarão e palmito) deve repudiar com veemência uma empada de vento.
No entardecer dessa quinta-feira, toda a Nação Brasileira teve que morder a contragosto, decepção absoluta, uma empada de vento.
O Brasil inteiro ouviu da boca de um ministro da mais alta corte do país, a absurda, categórica afirmação de que: “Não me importo com a voz da multidão. Eu ajo de acordo com a minha consciência.”
Eis, a empada de vento que tivemos que morder, ontem!
E por quê?
Porque um servidor público que dá as costas, tapa os ouvidos e pouco se importa com a voz do povo, não passa de uma empada de vento. Frustra a esperança, sonega serenidade, atropela a ordem, solapa a expectativa de uma Nação inteira que, horrorizada com os rumos escandalosos que a política partidária tomou no país, (confundindo, misturando, partido com Estado) requer como decisão imperiosa, uma resposta saneadora, reparadora eficaz e pronta. Renascimento de um Brasil honrado e justo.
Nenhum juiz, nenhum Senador da República, nenhum Deputado Federal, Ministro de Estado e muito menos a Presidente do Brasil tem o direito de se mostrar como sendo uma enorme empada de vento. A prerrogativa (que é um DEVER e não, direito) desses representantes do povo é a nós demonstrar por A + B que neles, contém um saboroso recheio igual ao que a minha mãe fazia, quando agirem com ética, competência, patriotismo, respeito à coisa pública, seriedade, ponderação, moral ilibada, responsabilidade.
Saboroso recheio da nossa empada!
Eu, aprendi com meu pai, a ter respeito pelas Armas da Nação, por esse motivo, respeito a figura da Presidência da República que, a meu ver, depois de eleito(a) e empossado(a), passa a ser a ser a presidente de todos os brasileiros e nunca mais, presidente de um partido ou de uma bandeira particular, pessoal, individual, ideal ou meta.
Há urgência urgentíssima na correção do rumo destoante, vala profunda na qual despenca o Brasil pelas mãos daninhas dessa turba na contra mão dos legítimos, ansiados sonhos de todos nós, brasileiros.
Quem gosta de chafurdar na lama é caranguejo.
Nem os porcos o fazem mais, como dantes.


sábado, 7 de setembro de 2013

BRAÇO DE FERRO NO S T F.


Nas primeiras fases do julgamento da Ação 470, houveram vencedores e vencidos na tarefa de inocentar ou condenar os réus. Em virtude de uma confusão de critérios, de um lado severo e de outro benevolente demais, decretou-se a origem do impasse evidenciado, agora, na fase final do julgamento.
Joaquim Barbosa, nitidamente abatido e farto das insinuações irônicas venenosas e descabidas por parte de Marco Aurélio e Ricardo Lewndowisk, murcha a olhos vistos. Rosa Weber se recusa a admitir que houve erro no julgamento, já que este, foi largamente debatido sob as ferramentas e critérios a serem adotados e ela, uma ministra séria e criteriosa, não admite levar esse puxão de orelhas, que equivale a aceitar a alegação de que houve negligência e molequeira na apreciação da referida Ação.
Luiz Fux, faz a seu turno, uma advertência oportuna. 
Diz ele: "Nós não podemos permitir que os vencidos nas outras fases, possam estabelecer o "quantum" das penas, nessa fase final".
E, é justamente isso que está acontecendo! Toda a ala à esquerda da presidência do Supremo, teve, na sua maioria, votos vencidos, inclusive com declaração de inocência proferido por alguns a determinados réus. Então, como pode esses mesmos ministros, notadamente contrários a apenação maior dos já condenados, terem voz na fase final para abrandar penas? Aqueles gráficos apresentados são ridículos. Não é preciso gráfico algum para ter a percepção de que, durante o julgamento, falou-se da gravidade dos delitos e, portanto, não caberia atribuir a estes, penas tão brandas. Diz-se, também, inclusive que: "Um juiz não é um carrasco". Muito bem! Então porque é que uma mãe que rouba comida em um supermercado, pra não ser forçada a dar para os seus filhos, sopa de papelão, é atirada numa cela, onde fica mofando e pessoas graúdas que comprovadamente praticaram crimes gravíssimos, com peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva além de formação de quadrilha, são homenageados com apenações tão brandas? Isso me parece um jogo de cartas marcadas que no momento agitado de um Brasil Novo que quer nascer, pode ter força de um Bomba Atômica.