quarta-feira, 17 de julho de 2013

REFLEXÕES SOBRE O AMOR.






“O ruim das declarações de amor exacerbadas é que quando o amor acaba, a gente não tem o que fazer com aquele monte de palavras”.

João Barboza.

Eu penso que cada palavra exacerbada, deve ser evocada para honrar, ornamentar e enaltecer o amor presente de um modo aberto, rasgado e sem receio algum. 
Quando, no entanto, ele vier a se tornar passado, as mesmas palavras dedicadas a ele e somente a ele, se tornarão um acervo. 
Ode àquele amor que passou. 
Grande ventura viveremos, se dignos formos da chegada de um amor novo, resplandecente tanto quanto e, para esse, sermos desafiados a bordarmos outras palavras exacerbadas, diferentes daquelas. Quase parecidas, semelhantes, mas, diferentes.
Amar, amar. 
De tanto amor, sempre amar.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

AMOR BORDADO NA TELA.




Quem me quis entregue, só dela.
Apresenta-se a mim, disfarçada.
Num corpo de mulher, tão bela.
Encantamento em pessoa, aquarela.
Tons e sons.
Arte inspiração.
Que se revela.

Nem só dança.
Também, canta.
Agiganta volúpia minha.
Provocante, intencional, confiante.
Sabe aquilo que quer.
Busca tenaz, do que pretende.
Entende que pode, e, vai.

Sobe.
A mim, me leva envolto no vai – e - vem.
Que enleva, excita e sacode.
Desce, torna a subir.
Explode.
Duas, tantas vezes, até que eu a sinta.
Agora, não tão faminta.

Pudera!
Quadro majestoso, iniciado no encontro.
Harmonia, amor, desejo lindo.
Somos os dois, indo e vindo.
Obra completa, imagem perfeita.
Agora, fundidos num só.
Quadro concluído.

Regalo amplo, definido.
Saudade extinta.
Paz profusa, intensa, infinita.
Bendita.Onde ela?
Fe-se tela!
E, eu?
A tinta!