quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
RII DE JANEIRO
Ri de Janeiro, Rio.
Rii de Janeiro
das lições de casa negligenciadas.
Maravilhosa
festa de idiotices, sem fim.
Ria, ria mais
de Janeiro, Rio.
Faça vistas
grossas para todo Janeiro que traz, o novo ano.
Desfila a sua empáfia
por sobre a miséria humana da sua gente.
Janeiro sepulta
mais gente, até quando?
Enquanto esse
estupro do meio ambiente não cessar.
Rio que foi
maravilhoso quando da sua descoberta.
Mas, depois, é
o que se vê.
Maquiagem espessa
tentando disfarçar as imperfeições do seu rosto.
Plástica mal
feita no seu corpo estragado e que, outrora, foi tão bonito.
Glúteo, glande,
mamas, pélvis, curvas, relevo detonado.
Todo Janeiro é
um Rio.
Todo Rio é um
espetáculo patético de desmandos cruéis das autoridades,
Da população
mascarada que afirma que o Rii é o Paraíso.
Qual nada!
Paraíso não tem
lugar para barracos pendurados em seus Montes de Vênus.
Nem admite gordura nas paredes de suas artérias.
Depilação ininterrupta
dos seus pelos, suas matas.
Quem mata as árvores,
paga, alto preço. Paga com a vida.
Vida que, nem
sempre, é de gente culpada.
Vai, então, Rii
de Janeiro.
Continua rindo
enquanto puder.
Ria enquanto a
mão pesada da natureza não ceifar, desta feita, a sua vida.
Até lá, pode
continuar rindo, Rii.
Ou toma
vergonha nessa sua cara de pau,
Ou mata ou
morri.
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